*A cobertura especial do Startups no Gramado Summit tem apoio da Sólides.
Embora o ecossistema brasileiro cresça a cada ano, ainda há muita confusão do que é ser uma startup e do propósito de se investir no negócio. É o que afirmou o CEO da Bossanova Investimentos, João Kepler, ao iniciar seu painel durante o 1º dia do Gramado Summit. “Muita gente faz startup porque é modinha e não é sobre isso. Temos no mercado uma alternativa para o desenvolvimento econômico, com soluções que resolvam problemas reais”, dispara.
Defensor (e investidor) do early stage, João reforçou que, a chave para o sucesso de uma startup em fase inicial é justamente não querer crescer a qualquer custo, como muitas o fazem pelo hype em “ter de se tornar unicórnios”. Segundo ele, startups focadas em gerar caixa e em pagar suas próprias contas inclusive não vão ter problemas ao passar por situações de crise econômica, como a que vivemos atualmente.
“Me especializei no early stage porque para mim é a melhor opção de dinheiro e retorno. As startups no estágio inicial são muito mais sustentáveis desde o início, fazem mais com menos caixa. São essas startups que podem multiplicar seu valor investido no médio/longo prazo”, acrescenta João, dizendo que a Bossanova faz em torno de 10 investimentos por mês no early stage. No ano passado, a companhia aportou quase R$ 60 milhões.
Durante sua apresentação, o empresário também defendeu o early exit, operações de saída em um prazo mais curto se comparado à jornada de venture capital, afirmando que o “go exit” substitui a velha expressão “go big”.
“Meu conselho é: comece pequeno, enxuto, faça rodadas de captação somente para o necessário e busque o exit antecipado. Não se trata de fazer uma saída antecipada a qualquer custo ou momento, se trata de ter um plano, de ter uma condição real de saída. Crie uma startup sempre pensando no momento da venda”, completa.