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Depois de faturar R$ 25 milhões, ultrapassar a marca de 100 mil vidas sob cuidado e 160 clientes corporativos no ano passado, a Pipo Saúde começa 2024 prevendo dobrar os ganhos para R$ 50 milhões e ultrapassar 160 mil vidas. Os meios para tal? Continuar a avançar no que já está sendo feito e dá certo, ou seja, sem “mexer em time que tá ganhando”.

É o que afirmou ao Startups Manoela Mitchell, cofundadora e CEO da Pipo Saúde. A healthtech surfa na onda dos resultados colhidos em 2023 com a compra da operação da corretora de seguros da Convenia, seu primeiro M&A, e com o repasse de sua carteira de PMEs para a Piwi. Entre os clientes que chegaram à empresa no ano passado, estão nomes como SumUp, Meliuz, Descomplica, Sambatech e Nuvemshop. A empresa comemora ainda o valor de R$ 29 milhões economizado em reajustes de planos de saúde para os seus clientes. 

“O ano passado foi muito bom para a Pipo, conseguimos melhorar significativamente a rentabilidade da companhia, reter muitos clientes, validando nosso produto. Temos em 2024 a oportunidade de atingir o breakeven, mas é uma decisão a ser tomada ao longo do ano, se a gente quer mesmo, ou se preferimos continuar acelerando o crescimento”, diz a CEO.

E vem novidade por aí que, de acordo com Manoela, pode ser um dos motores do crescimento previsto para este ano. A Pipo deve lançar ainda neste trimestre seu primeiro produto fora da corretagem de planos de saúde: o ‘Pipo Cuida’, um assistente pessoal para os colaboradores e inteligência de dados de saúde para o RH atacar o temido desafio da sinistralidade.

A ideia principal do novo produto é de fato cuidar das pessoas, oferecendo orientação e estimulando este olhar para a saúde por parte dos colaboradores. ”Queremos que as pessoas realmente cuidem da sua saúde. Com uma rotina intensa, muitas vezes esquecemos da nossa saúde e o Pipo Cuida chega para facilitar. E ainda oferece um assistente pessoal, para suporte na marcação de check-ups, teleconsultas, busca de rede credenciada ou teleatendimento 24h, inclusive consultas com o nosso time de saúde”, comenta Manoela.

Para o RH, a plataforma Pipo disponibiliza dados de uso dos planos, mapeia as condições e os hábitos de saúde dos colaboradores. “Com os dados em mãos podemos orientar sobre o uso mais consciente e adequado do plano de saúde”, explica Manoela. Segundo ela, a Pipo já oferece algo semelhante para os seus clientes e tem conseguido resultados promissores com até 9% de redução de custo de saúde ao ano, por isso resolveu fazer um spin off e oferecer o assistente para empresas que não queiram trocar sua corretora ou não trabalhem com corretora.

Manoela Mitchell, cofundadora e CEO da Pipo Saúde (Foto: Divulgação)

Segredo para o sucesso

Em seus cinco anos de vida, a Pipo Saúde tem acumulado um crescimento sustentável anualmente, apesar da concorrência e de deter menos de 1% de market share no Brasil. Segundo Manoela, ainda há um mercado gigante para conquistar, o que não é uma tarefa fácil. “A Pipo está inserida no chamado oceano vermelho, onde já existem empresas (corretoras) atuando neste mercado. É sempre uma batalha de sangue ali pra você destituir uma corretora e colocar a Pipo como opção”, diz.

As dificuldades, no entanto, só serviram para evoluir Manoela como empreendedora. Na sua visão, existem três formas de tocar uma startup: você pode fazer do jeito que você acha que tem que fazer, do jeito que as pessoas falam pra você fazer ou do jeito que os funcionários estão pedindo pra você fazer.

“No início, seguia um pouco do que funcionava para outras startups, mas chegou um momento em que não fazia sentido tentar replicar histórias que não tinham nada a ver com a trajetória da Pipo. Então, desde 2023, passei a não priorizar querer agradar a todos, tendo mais coragem de falar o que realmente penso. Acredito que essas foram as principais evoluções da minha jornada empreendedora”, conclui.

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