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Poucas semanas depois de levantar uma rodada de R$ 90 milhões, a Sami Saúde já colocou em prática suas ações para chegar à meta do breakeven em 2023. De olho nos tickets maiores, a healthtech anunciou o Sami Safira, novo produto premium em parceria com o Hospital Sírio-Libanês e a Alta Excelência Diagnóstica.

Com a ampliação de portfólio, o plano da Sami é aumentar a sua presença junto a clientes B2B corporativo, especialmente contratos atendendo de centenas a milhares de vidas. De acordo com a companhia, é a continuação de uma estratégia já iniciada em 2022 com o Sami Coral, produto de padrão elevado voltado ao segmento enterprise.

De acordo com Vitor Asseituno, fundador e CEO da empresa, o segmento corporativo se tornou uma via importante de crescimento para a Sami, que até então tinha sua expansão calcada principalmente na oferta de planos de saúde para empresas de pequeno porte e MEIs.

“De maio de 2022 a maio deste ano nós mais que triplicamos de tamanho no B2B (considerando empresas clientes com mais de 30 vidas)”, afirma o CEO, em entrevista ao Startups. Em termos gerais, no ano passado a empresa registrou um crescimento de 160%, chegando a 15 mil vidas atendidas, e atualmente está na marca de 18 mil vidas.

Vitor Asseituno, presidente da Sami
Vitor Asseituno, presidente da Sami (Foto: Divulgação)

Agora caitalizada, com expectativa de avançar no mercado premium B2B com o Sami Safira e com novo canal de vendas via corretores com o “azul” no horizonte, a meta é fechar 2023 com receita de R$ 120 milhões, o dobro do faturado no ano passado. Em termos de pessoas atendidas, a meta é passar da marca de 27 mil.

“No médio e longo prazo, a ideia é que os produtos premium representem de 10% a 25% das vidas atendidas, e na receita isso deve representar uma fatia maior”, afirma Vitor.

Compondo o portfólio

Com o novo produto mirando tickets mais altos, o plano da Sami é tornar mais completo seu “cardápio” para grandes empresas, ajudando na hora de fechar os contratos. “Geralmente nas empresas, 80% dos planos são básicos ou intermediários, mas precisamos ter os planos premium que geralmente vão para os funcionários de nível executivo”, explica Vitor.

Entretanto, o foco ainda é atrair volume nestes clientes. “Contamos com o premium para acelerar os outros planos. Para cada plano Safira que vendermos, a meta é vender 10 dos outros”, completa o executivo.

Apesar do foco no corporativo, a Sami afirma não ter deixado de lado o o olhar para o setor que impulsionou seu crescimento nos primeiros anos: o de microempreendedores individuais (MEIs) e pequenas empresas. “A gente quer dominar o mercado de planos para MEI, e continuamos crescendo nessa frente. O Brasil tem um grande potencial neste mercado, com 13 milhões de MEIs”, afirma Vitor.

Segundo o CEO, a missão da companhia continua sendo democratizar o acesso à saúde para um público que ainda não tem plano, e o foco reforçado nas contas B2B pode dar a base para buscar este objetivo a longo prazo. “Apesar de ter ciclos de venda mais longos, no B2B as margens são maiores, e estes clientes podem nos ajudar no curto prazo a atingir o breakeven”, afirma o CEO.

Para perseguir os objetivos, o caixa vai bem, obrigado. No começo de junho, a healthtech captou US$ 18 milhões (R$ 90 milhões) em uma rodada liderada pela Redpoint eventures e Mundi Ventures. O aporte também teve a participação da Alumni Ventures, Endeavor Catalyst, Digital Horizon, Tau Ventures, e foi acompanhado pelos atuais investidores monashees, Valor Capital, Kevin Efrusy (Accel), Ricardo Marino (Itaú), Mancora Ventures, Mauro Figueiredo (ex-Diretor da Bradesco Saúde) e Brad Otto (ex-executivo do CVC da UnitedHealth Group, dona da Amil).

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