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Já virou habito ano após ano: para o bem ou para o mal, Elon Musk sempre encontra um jeito de figurar como uma das personalidades mais emblemáticas do mundo de negócios e tecnologia. Em 2023 não foi diferente: de mandos e desmandos após assumir o controle do Twitter (agora X) até o lançamento de sua companhia de inteligência artificial, o executivo se manteve como centro das atenções.

Contudo, estar nos holofotes pode fazer uma pessoa entrar na mira de John Oliver, um dos apresentadores de TV mais ácidos que temos hoje em dia. Se você assiste ao programa semanal Last Week Tonight, da HBO, você sabe do que eu estou falando.

De problemas no sistema ferroviário dos EUA a constatações assustadoras quanto à influência da McKinsey na economia mundial, a mistura de humor irreverente e jornalismo implacável do programa não poupa ninguém. Para vocês terem uma ideia, eles chegaram a interferir em uma eleição popular de “Pássaro do Século” na Nova Zelândia, alegando que “interferir em processos eleitorais alheios é sinônimo de democracia, isso nos termos norte-americanos”.

Na edição mais recente do Last Week Tonight, John Oliver dedicou 30 minutos para esmiuçar as estratégias de negócio de Elon Musk e a megalomania quase surreal do bilionário. Um exemplo foi a recente entrevista que Elon deu em um painel com o The New York Times, em que mandou anunciantes do X se “f@$3rem”, e ainda jogou a culpa neles caso a rede social venha a fechar, dizendo que eles teriam que “se explicar à Terra”, seja lá o que isso quer dizer.

O excesso de confiança de Elon também rendeu momentos bizarros, como o infame lançamento do Tesla Bot, em que em vez de mostrar de fato um robô, Elon trouxe ao palco um dançarino vestido de robô, ao som de uma música eletrônica do gosto duvidoso. “Segundo Elon Musk, aparentemente tudo o que você precisa fazer para lançar uma companhia de robótica é ter uma roupa de robô um dançarino”, disparou.

Outro caso citado foi o do teste da janela “inquebrável” do Tesla Cybertruck, em que ao ver uma pedra facilmente destruindo o vidro supostamente reforçado do veículo, Elon retrucou: “Talvez não era pra atirar a pedra tão forte”.

Apesar das piadas, John Oliver falou de como a mentalidade “move fast and break things” de Elon Musk trouxe disrupções para o mercado, especialmente em relação à Tesla, que finalmente tirou do limbo a conversa sobre veículos elétricos. Contudo, este modelo não se aplica a todos os negócios, e a crescente influência da SpaceX e StarLink em assuntos governamentais, como a política espacial dos EUA (no caso da SpaceX) e os conflitos entre Rússia e Ucrânia (onde a StarLink interferiu), podem criar um precedente perigoso.

Joga no meio de toda essa análise uma série de anedotas absolutamente hilariantes sobre as excentricidades de Elon Musk, e temos mais uma crítica imperdível de John Oliver. Está disponível em inglês no YouTube. Sugiro que você assista.

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