Ninguém estava pensando que a compra do Silicon Valley Bank pelo First Citizens Bank seria algo tranquilo. Dois meses depois de anunciar a aquisição do malfadado banco norte-americano, o First Citizens demitiu cerca de 500 funcionários do SVB.
Segundo reportou o site norte-americano Axios, os cortes atingiram especialmente a parte operacional e de serviços de commercial banking – ou seja, profissionais da parte de investimentos e gestão de contas não foram atingidos, segundo apurou o portal junto a fontes conhecedoras do assunto.
De acordo com fontes ligadas ao First Citizen, o passaralho representa cerca de 3% do quadro total do banco – e conforme garantiu o CEO Frank Holding Jr. em um memorando interno, nenhuma das posições eliminadas eram da “ponta do cliente”.
No email, o CEO pontuou que, dados os desafios enfrentados pelo SVB no início de 2023, ficou cada vez mais claro a necessidade de tomar decisões para dimensionar corretamente o escopo e escala para manter o banco competitivo.
“Como resultado, estamos tomando medidas difíceis, mas necessárias, para garantir que nossa força de trabalho e custos sejam apropriados para um banco de nosso tamanho. Isso significa que alguns membros de nossa equipe farão a transição para fora do negócio a partir de hoje”, finalizou o executivo.
A compra do SVB pelo First Citizens foi acertada no fim de março. Segundo termos divulgados pelo FDIC, o First Citizens, um banco médio especializado em empréstimos, assumiu todos os depósitos e empréstimos do SVB, assim como a operação das 17 agências do SVB.
Na época, analistas apontaram que a absorção do SVB aumentaria significativamente o tamanho do First Citizens, que no fim do ano passado tinha pouco mais de US$ 100 bilhões em ativos e quase US$ 90 bilhões em depósitos. Com o negócio, o banco ficou na 36º posição entre as maiores instituições financeiras dos EUA em volume de ativos.