Em um mercado onde os grandes fundos de late stage estão com dificuldades para assinar cheques generosos para startups, a Andreesen Horowitz (a16z), está pensando em uma solução diferente para alocar recursos: em vez de mirar startups em rodadas C ou D, o plano da gestora é o de investir em outros fundos – no caso, fundos que investem em startups em estágio inicial.
Segundo apurou o Business Insider junto a fontes de mercado, o fundo liderado por Marc Andreesen, está discutindo a criação de um “fundo de fundos” focado em investimentos early stage. Segundo as fontes, o plano é financiar investidores para assinar cheques para negócios menores, de olho em oportunidades para aportes maiores mais na frente.
De acordo com as fontes, um fundo de fundos traria esses investimentos sob a mesma marca, dando à empresa um ponto de apoio com fundos mais novos e ajudando-a a identificar startups inovadoras no estágio inicial, antes que se tornem hipercompetitivas na hora de captar cheques maiores. “Todo mundo quer garantir um bom dealflow”, disse uma das fontes ao Insider.
Nos últimos meses, a a16z começou a conversar com fundos em eventos em São Francisco e Los Angeles. Segundo revelou uma fonte ao Insider, a gestora está planejando um evento em seu escritório em São Francisco, que deve rolar em junho.
Ainda não está claro se a a16z está levantando novos fundos de sócios limitados – fundos de pensão e gerentes de doações que contribuem para fundos de risco – ou está juntando dinheiro de seus próprios sócios para investir. Procurado pelo portal norte-americano, a gestora não se pronunciou sobre o assunto.
A estratégia da Andreesen Horowitz faz sentido no atual mercado, com fundos de late stage muito mais cautelosos nos valuations e as rodadas mais altas demorando para sair. Enquanto isso, o early stage se mantém mais movimentado, com valuations menos inflados, o que deve criar follow-ons mais realistas nos próximos semestres.
Apesar de tudo, a estratégia da a16z não é nova. O fundo Tiger Global tentou uma estratégia semelhante nos últimos anos, comprometendo US$ 1 bilhão para apoiar uma série de fundos de VC early stage. Entretanto, com a queda do mercado no ano passado, os sócios voltaram atrás em muitos desses compromissos e venderam suas participações em outros fundos.