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Essa startup alemã é um "quase-unicórnio" das compras rápidas

Mesmo em um momento de baixa para compras online de supermercado, a Flink acabou de captar US$ 150M com BOND e Mubadala

Flink
Flink. Foto: divulgação

Depois de ter o seu grande “boom” durante a pandemia, as startups de compras de rápidas de supermercado têm encontrado dificuldades nos últimos tempos. Entre operações fechadas, parcerias estabelecidas para a sobreviver, entre outras manobras, o que pouco se viu foram investimentos neste tipo de negócio. Entretanto, a alemã Flink está nadando na contramão – e acabou de levantar US$ 150 milhões.

A rodada – em que US$ 115 milhões foram em equity e outros US$ 35 milhões em dívida – foi bancada pelos fundos BOND, Mubadala e Northzone, também com a participação da gigante varejista alemã REWE, mais dois investidores não divulgados. A Flink não divulgou o valuation estabelecido na nova rodada, mas segundo fontes de mercado, ele está próximo do US$ 1 bilhão.

Em sua trajetória, a Flink levantou mais de US$ 1,5 bilhão, segundo a PitchBook. Quando o interesse no chamado “quick commerce” estava no auge, a Flink foi avaliada em quase US$ 3 bilhões após um investimento da DoorDash em dezembro de 2021 e, apenas alguns meses depois, levantou mais um investimento, que colocou sua avaliação perto de US$ 5 bilhões.

A captação da Flink indica que a companhia alemã está disposta a seguir sua operação com as próprias pernas, aumentando investimentos em seus mercados de maior presença – Alemanha e Holanda, onde tem uma parceria com a gigante local Just Eat Takeaway – que era acionista do iFood até vender sua parte para a Prosus em 2022 por quase 2 bilhões de euros.

Aliás, apesar da Flink não ter confirmado, fontes disseram ao TechCrunch que a Just Eat Takeaway pode ser um dos investidores secretos na rodada.

A Flink disse que espera obter uma receita bruta de US$ 600 milhões em 2024 nos dois países em que atua, um aumento de 20% em relação a 2023. A empresa chegou a tentar uma entrada no mercado francês em 2022, quando comprou o app local Cajoo, mas resolveu voltar atrás no plano e focar nos dois países onde tem maior penetração.

Ela também disse que atingiu o breakeven na Alemanha e Holanda, onde tem 146 hubs e atende cerca de 80 cidades.

“Este investimento nos permitirá expandir ainda mais nossa presença, melhorar a eficiência operacional e continuar a fornecer o serviço rápido e confiável no qual nossos clientes confiam”, disse Oliver Merkel, fundador e diretor administrativo da Flink, em comunicado.