
Os Estados Unidos retomaram neste domingo (14) as negociações com a China sobre o futuro do TikTok no país, além de outras questões relativas às relações comerciais entre as duas nações. No entanto, o time técnico do governo norte-americano e o presidente Donald Trump parecem ter opiniões diferentes sobre o que fazer com a rede social.
Na manhã desta segunda-feira (15), a Reuters informou que o governo dos EUA estaria pronto para permitir a proibição do TikTok se um acordo de desinvestimento pela empresa chinesa Bytedance não fosse alcançado. A informação teria sido apurada com uma autoridade do próprio governo.
Na noite de ontem, porém, outra fonte teria dito à Reuters que Trump estaria considerando estender novamente o prazo de 17 de setembro para a ByteDance alienar os ativos. Esse seria o quarto adiamento da aplicação de uma lei que originalmente dava à chinesa até janeiro de 2025 para vender ou encerrar o funcionamento da plataforma nos EUA.
O Congresso dos Estados Unidos aprovou no ano passado um projeto de lei que exige que o TikTok seja vendido para uma companhia americana, sob a pena de ser banido caso isso não aconteça.
“Posso ou não, estamos negociando o TikTok agora. Podemos deixá-lo morrer, ou podemos, não sei, depende, depende da China. Não importa muito. Gostaria de fazer isso pelas crianças”, disse Trump a repórteres no mês passado.
Durante reunião em Madrid neste fim de semana, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que as negociações sobre a venda do TikTok avançaram, mas ainda dependem de exigências feitas pela China. Segundo ele, o país teria feito demandas “muito agressivas”.
De acordo com ele, o governo chinês estaria tentando atrelar o acordo do TikTok a questões comerciais, como a revisão das tarifas.