Lá Fora

Ex-unicórnio, healthtech de São Francisco fecha as portas

Forward, de atendimento médico por IA, informou em seu site sobre o "encerramento abrupto" das suas atividades

Healthtech. Foto: Canva
Healthtech. Foto: Canva

Atingir o patamar de unicórnio é o sonho de muitos fundadores, mas nem sempre significa que o sucesso da startup está garantido. Foi o caso da healthtech Forward, de São Francisco, que anunciou recentemente o encerramento das suas atividades.

Em comunicado publicado no seu site, a empresa de atendimento médico por IA diz que está fechando seus pontos físicos e que todos os agendamentos serão cancelados e o aplicativo deixará de funcionar imediatamente.

“Sabemos que esta notícia é abrupta, por isso estamos empenhados em ajudá-lo a navegar na sua transição de cuidados nos próximos dias. A partir de hoje você não terá mais acesso ao aplicativo Forward, mas nossa equipe médica está disponível em [email protected] para apoiar seu atendimento até 13 de dezembro de 2024″, informa a empresa.

A Forward chegou a ser avaliada em mais de US$ 1 bilhão, após uma rodada em 2021, liderada pelo SoftBank e pelo fundo de Peter Thiel, fundador do PayPal. A healthtech alegava usar exames biométricos corporais, testes genéticos e exames de sangue para avaliar quais doenças um paciente provavelmente desenvolveria ao longo de sua vida. Em seguida, usava essas informações para configurar planos de saúde para ajudar os clientes a prevenir essas doenças.

Há um ano, a startup lançou uma espécie de cabine médica, chamada de CarePod, onde pacientes poderiam fazer exames básicos, como coletar sangue, PCR para Covid ou medir pressão arterial sem a presença de um médico ou enfermeira.

Segundo reportagem da Business Insider, porém, a Forward teria lançado apenas duas dessas cabines antes de anunciar o fim da companhia. Fontes ouvidas pelo portal disseram que a healthtech estava queimando caixa e vinha demitindo funcionários para reduzir custos, além de remover serviços de suas clínicas. Cada cabine, de acordo com ex-funcionários, custava mais de US$ 1 milhão – e houve casos em que os pacientes ficaram presos dentro dos CarePods.