São 18 anos no mercado. Este é o tempo que o Spotify pode levar para fechar seu primeiro ano no lucro. Pelo menos é o que os mais recentes resultados da plataforma de streaming apontam, com mais um trimestre de ganhos – e subida na bolsa de valores.
A companhia chegou à marca de 246 milhões de assinantes pagantes, acima da expectativa de 245 milhões. Já a receita da empresa ficou em € 3,81 bilhões (US$ 4,14 bilhões), ficando um pouco abaixo da estimativa de analistas, que era de € 3,82 bilhões. A empresa também disse anteriormente que pretendia atingir 631 milhões de usuários ativos mensais, mas ficou aquém dessa meta, atraindo 626 milhões no trimestre.
Entretanto, o dado mais chamativo divulgado pela startup sueca foi o lucro líquido da empresa, com um fluxo de caixa livre de US$ 532 milhões, muito acima da expectativa de US$ 363 milhões e um crescimento de 4.700% sobre os US$ 11 milhões contabilizados no mesmo período no ano passado.
Com mais de US$ 500 milhões em lucro líquido registrado nos dois primeiros trimestres e mais US$ 630 milhões projetados ao longo do segundo semestre do ano, Wall Street agora espera que a Spotify registre facilmente seu primeiro ano lucrativo, depois de perder US$ 467 milhões em 2022 e registrar prejuízo de US$ 572 milhões em 2023.
Os números positivos esquentaram as ações da companhia na Bolsa, com os papeis aumentando 14% no começo do pregão em Nova Iorque, a maior pico de subida desde outubro de 2019, e o segundo melhor dia na história da companhia sueca.
O trimestre animador do Spotify vem no rastro de uma série de decisões que a empresa fez para “recalibrar” seu modelo de crescimento, reorganizando esforços de marketing e de custos para aquisição de clientes. No fim do ano passado, cortou 17% da sua força de trabalho, a terceira onda de demissões em um ano.
O CEO do Spotify, Daniel Ek, disse em dezembro passado que cerca de 1,5 mil empregos foram cortados como parte de “ações substanciais para redimensionar nossos custos” para que a empresa pudesse cumprir seus objetivos.
Além disso, a empresa reajustou seus preços de assinatura em maio, e anunciou para ainda este ano a criação de novos planos, a fim de incrementar sua receita, já que mais da metade de sua base ainda utiliza o plano gratuito.