Enquanto as ações da Microsoft sobem na bolsa com a contratação do cofundador da OpenAI Sam Altman – juntamente com outros executivos e funcionários que debandaram da companhia – o interesse nas ações da OpenAI, que antes era alto, simplesmente desapareceu.
Apesar da companhia ainda não ser listada na bolsa, existe um mercado secundário nos Estados Unidos onde acionistas podem oferecer cotas de participação antes do IPO, e no caso da OpenAI, antes da última sexta (17), cerca de US$ 100 milhões em interesse de compra simplesmente evaporaram, segundo destacou ao Pitchbook o CEO da plataforma Caplight.
“Compradores estão correndo para as colinas”, afirmou Glen Anderson, presidente da Rainmaker, banco que negocia ações pré-IPO. Entretanto, para o executivo, esse congelamento no interesse de compra pode ser temporário, já que a questão entre Altman e a OpenAI segue em andamento.
Segundo apontaram analistas ainda nesta terça (210, um possível retorno do executivo à empresa ainda não foi descartado, já que o cofundador e ex-líder da startup quer recuperar as rédeas do negócio.
Enquanto isso, na Microsoft, se uma implosão da OpenAI acontecer, representando a perda dos bilhões que a companhia colocou na startup, a jogada de contratar Sam Altman foi um tremenda de uma apólice de seguro. Além de manter o talento do ex-CEO (e diversos funcionários) por perto, a empresa de Satya Nadella viu o valor de suas ações decolar ainda mais.
A companhia de Redmond alcançou na segunda (20) um novo recorde no preço de seus papéis, subindo 2,1% para o valor de US$ 376,17, mais do que recuperando a perda que teve na sexta, quando começou o imbróglio da OpenAI.