A Meta continua com sua estratégia agressiva de investimento em sua nova divisão de IA, a Superintellgence Labs. Além de comprar a PlayAI no mês passado, e “atacar” o mercado para contratar talentos, agora a empresa de Mark Zuckerberg comprou a WaveForms, startup fundada por um ex-OpenAI e especializada em modelos de IA generativa baseados em voz.
Conforme reporta o The Information, o negócio não teve o valor divulgado e ainda não foi confirmado pela Meta, ou seja, ainda não existem maiores detalhes sobre a transação.
O que se sabe é que dois dos três fundadores da WaveForms, o ex-pesquisador da OpenAI Alexis Conneau e Coralie Lemaitre, já fazem parte do staff da Meta. Ainda resta saber o destino do terceiro fundador, o CTO Kartikay Khandelwal, assim como os outros 14 funcionários que fazem parte da startup.
Contudo, a empresa tirou do ar o seu site, apesar da página do Linkedin – onde a startup descreve sua missão de “resolver o teste de voz de Turing”, cujo objetivo é ver se um usuário consegue distinguir uma voz humana de um robô.
O CEO da WaveForms, Alexis Conneau, tem experiência para encarar esse desafio. Ele ocriou o recurso de modo de voz no modelo GPT-4o, que inclusive gerou polêmicas, não por sua capacidade de gerar conversas quase realistas e humanizadas com uma IA, mas por usar um timbre de voz semelhante à da atriz Scarlett Johansson, que deu voz à uma assistente virtual de IA no filme Her, de 2013. Na época, até o CEO da OpenAI, Sam Altman, fez referência ao filme, publicando a palavra “her” na rede social X.
A WaveForms, fundada há apenas oito meses, levantou em dezembro US$ 40 milhões da Andreessen Horowitz em uma rodada que avaliou a empresa em US$ 160 milhões antes do aporte, segundo dados da PitchBook. Na época, Alexis afirmou que a rodada seria usada para treinar novos modelos de IA de áudio que resolvam o problema de tornar a conversa por voz com um bot de IA indistinguível de uma conversa humana.