Depois de dizer na última sexta-feira (10) que as empresas precisam de mais “energia masculina”, Mark Zuckerberg estaria planejando demitir cerca de 5% dos funcionários da Meta com o pior desempenho. A informação teria circulado em um memorando interno enviado por ele aos colaboradores, ao qual a Bloomberg teve acesso.
Segundo o documento, o fundador da Meta, dona do Facebook e do Instagram, pretende substituir esses funcionários ainda este ano, e a empresa ofereceria uma “indenização generosa” aos demitidos.
“Decidi elevar o nível de gerenciamento de desempenho e remover os de baixo desempenho mais rápido. Normalmente, gerenciamos pessoas que não atendem às expectativas ao longo de um ano, mas agora faremos cortes mais extensos com base no desempenho durante este ciclo”, informa o memorando, segundo a Bloomberg.
O número de demissões pode chegar a 10% do quadro de pessoal até o fim do ciclo de performance atual. De acordo com o último relatório anual da companhia, a Meta tinha 67.317 funcionários no final de dezembro de 2023. Um corte de 5% em todos os níveis afetaria mais de 3 mil pessoas.
Na conversa com o podcaster Joe Rogan, na sexta-feira, Zuckerberg afirmou que a cultura corporativa tem se tornado mais neutra e criticou o fato de as empresas terem “se afastado da energia masculina”. “Ter uma cultura que celebra a agressividade um pouco mais tem os seus méritos”, disse ele.
Apesar de dizer que deseja que as mulheres tenham sucesso nas empresas, o fundador do Facebook acrescentou que pode ser que a “energia masculina” seja algo que essas trabalhadoras não tenham naturalmente.
Mark Zuckerberg tem se apropriado de um discurso mais alinhado ao do presidente eleito Donald Trump, que toma posse no próximo dia 20. Na semana passada, o dono da Meta informou que está encerrando seu programa de fact checking de terceiros nos Estados Unidos, seguindo os passos de Elon Musk com o X.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele chega a dizer trabalhará com Trump para fazer com que governos ao redor do mundo “parem de querer censurar companhias americanas”.