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Novo banco do Vale do Silício tem nome inspirado em O Senhor dos Anéis

Erebor quer ocupar vazio deixado pelo SVB e pode usar criptomoedas como garantia para empréstimos, diz banco

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Entrada da cidade fictícia de Erebor | Reprodução The Hobbit
Entrada da cidade fictícia de Erebor | Reprodução The Hobbit

Um grupo de bilionários da tecnologia, liderado por Palmer Luckey (fundador da Oculus e Anduril) e Joe Lonsdale (cofundador da Palantir e Anduril), está investindo em um sucessor do Silicon Valley Bank (SVB), que fechou as portas em março de 2023. Batizado de Erebor – em referência à Montanha Solitária do clássico O Hobbit de J.R.R. Tolkien – o novo banco do Vale do Silício está sendo formado com uma rodada de captação de aproximadamente US$  250 milhões.

Entre os investidores, estão o fundo 8VC, de Joe Lonsdale, o Founders Fund, de Peter Thiel, que aportou cerca de US$ 1 milhão, o fundo especializado em cripto Haun Ventures e outros investidores-anjo.

A escolha do nome Erebor não é apenas uma homenagem nerd, mas vem carregado de simbolismo. No universo de Tolkien, a Montanha Solitária era onde os anões guardavam sua riqueza. O novo banco pretende funcionar da mesma forma, ajudando startups e empresas que enfrentam dificuldades no sistema bancário tradicional, especialmente após o vácuo deixado pelo SVB.

Em junho, o banco deu entrada no pedido de autorização para atuar como instituição bancária no US Office of the Comptroller of the Currency (OCC). No documento, a instituição diz que seus clientes incluiriam startups em setores como criptomoedas, IA e defesa, bem como clientes ricos e ultra-ricos que atuam nessas áreas.

O Erebor afirma que seu público-alvo atualmente “não é bem atendido por instituições financeiras tradicionais ou disruptivas, em particular no que diz respeito ao acesso insuficiente ao crédito” e afirma que manterá um balanço patrimonial conservador para contabilizar os riscos de “ter uma carteira de empréstimos focada em setores de fronteira”.

De acordo com o pedido protocolado junto ao OCC, o banco também pretende se tornar “a entidade mais regulamentada na condução e facilitação de transações com stablecoins” e facilitar uma “aceitação mais ampla de stablecoins”. Além disso, a instituição diz que poderia aceitar criptomoedas como garantia para alguns empréstimos.