O PayPal está sendo processado pela fundadora de uma empresa de venture capital, que alega ter sido excluída do programa de diversidade e equidade do gigante de pagamentos por ser asiática. Segundo a autora da ação, a iniciativa teria focado apenas em empreendedores negros e hispânicos.
Criado em 2020, em meio ao movimento de Black Lives Matter, o programa disponibilizava US$ 530 milhões para apoio a empresas lideradas por pessoas negras e grupos sub-representados em geral.
De acordo com o processo, que foi ajuizado nesta semana em um tribunal em Nova York, Nisha Desai, fundadora da Andav Capital, teria tido sua inscrição no programa ignorada por ser asiática.
“A discriminação do PayPal prejudicou Nisha Desai, direta e imensamente. Nascida e criada no noroeste da Geórgia, a Sra. Desai é uma mulher americana, cidadã dos EUA e filha de cidadãos americanos legais. Ela fundou e dirige a Andav Capital, uma empresa de venture capital early-stage. Mas a Sra. Desai é asiático-americana. Quando Desai procurou inclusão no programa do PayPal, foi-lhe negada igual consideração – juntamente com financiamento significativo num momento crucial – devido à sua raça”, alega a ação.
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Criada em 2018, a Andav Capital investe em startups early-stage e tem pelo menos 13 empresas em seu portfólio, segundo o PitchBook. Suas investidas incluem a fintech Acorns, a plataforma de crowdfunding IFundWomen e a climate tech Kubik.
No processo, Nisha Desai alega que, em uma reunião com um representante do PayPal, foi informada de que a prioridade era para empresas lideradas por negros e hispânicos, “em detrimento de outras raças e etnias, incluindo asiático-americanos”.
“No total, o PayPal investiu US$ 100 milhões em 19 empresas de venture capital lideradas por ‘managers negros e latinos’, mas não anunciou US$ 1 de financiamento para fundos liderados por mulheres asiático-americanas. Para o PayPal e seus executivos, os asiático-americanos podem ser minorias, mas são o tipo errado de minoria”, acrescenta o processo.
