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Stripe prepara captação de US$ 3 bilhões e segura seu IPO

Rodada representará um novo downround para a fintech, avaliando a startup entre US$ 55 bi e US$ 60 bi

Stripe
Crédito: divulgação

A fintech de pagamentos digitais Stripe está na lista de espera do IPO há um bom tempo, mas parece que ainda não é hora de entrar na bolsa, não. Para segurar sua operação e esperar o melhor momento para uma oferta pública, a companhia está no mercado para levantar uma nova rodada, de cerca de US$ 3 bilhões.

Segundo reportou o The New York Times, a rodada representará um novo downround para a Stripe, avaliando a fintech entre US$ 55 bilhões e US$ 60 bilhões, caindo mais um pouco em relação ao valor dado para a companhia no começo do ano, que era de US$ 63 bilhões.

Só para ter um outro comparativo, em março do ano passado, a Stripe era avaliada em US$ 95 bilhões, quando fechou uma rodada de US$ 600 milhões junto a investidores como Allianz, Fidelity, Baillie Gifford, AXA e Sequoia Capital.

Segundo revelaram fontes de mercado ao NYT, o Thrive Capital, fundo norte-americano liderado pelo investidor Joshua Kushner, é um dos fundos que já se comprometeram com a rodada, e deve colocar US$ 1 bilhão no deal.

Se concluído, o financiamento pode dar espaço para a Stripe respirar em meio a um mercado difícil de listagens públicas. A expectativa é que o dinheiro seja usado para pagar as dívidas fiscais da fintech e permitir que seus funcionários vendam suas ações da empresa (stock options).

Muitas empresas de tecnologia de capital fechado usam opções de ações para ajudar a recrutar funcionários, mas um mercado vacilante para ofertas públicas tornou difícil para os funcionários sacar essas ações. Alguns funcionários da Stripe têm concessões de ações que começarão a expirar no próximo ano se a empresa não abrir o capital ou levantar novos fundos, disse um fonte próxima da companhia.

Em novembro passado, a fintech anunciou a demissão de cerca de 14% da sua força de trabalho, o equivalente a 1,1 mil funcionários em sua base de 8 mil colaboradores. Conforme destacou o CEO da companhia, Patrick Collison, na época, a empresa teve uma grande onda de contratações durante a pandemia, com o crescimento acentuado do e-commerce. Contudo, a recessão econômica trazida por 2022 mudou tudo.

Segundo analistas, os movimentos da Stripe, que chegou a ser em um momento a empresa privada mais bem avaliada dos Estados Unidos, estão sendo observados de perto por todo o mercado. Ela continua sendo uma das companhias mais cotadas para fazer um IPO de impacto em Wall Street, e para muitos especialistas, será um “farol” para como outras empresas farão este movimento daqui pra frente. O adiamento dessa oferta pública já diz algo: por enquanto, o momento não é o ideal.