Já existiu um tempo em que a Intel era a líder absoluta no mercado de chips de computação. Entretanto, com a onda da inteligência artificial, a Nvidia rapidamente se tornou a empresa no topo do segmento, com a Intel amargando maus resultados há anos. Entretanto, investidores de peso estão apostando em uma reação da fabricante. Um destes investidores é o SoftBank, que fez um aporte de US$ 2 bilhões na companhia.
As duas empresas anunciaram o acordo nesta segunda (19), com a gestora de Masayoshi Son considerando o aporte “um voto de confiança” na capacidade da Intel de fabricar chips em solo americano. Com o aporte, agora a gigante japonesa detém 2% da Intel.
“Este investimento estratégico reflete nossa crença de que a manufatura e o fornecimento de semicondutores avançados irão se expandir ainda mais nos Estados Unidos, com a Intel desempenhando um papel crucial”, disse Masayoshi Son, CEO e presidente do SoftBank Group.
O CEO da Intel, Lip-Bu Tan, afirmou durante o anúncio que o SoftBank e Masayoshi compartilham com a fabricante o “compromisso de avançar na liderança tecnológica e de manufatura dos EUA. “Sou agradecido pela confiança que ele (Masayoshi Son) depositou na Intel com este investimento”, completou.
As ações da Intel subiram cerca de 6% após o anúncio.
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Ação e reação
Líder de mercado na virada do século, quando seus processadores (CPUs) eram a principal escolha para PCs e laptops, a Intel se viu perdendo terreno à medida que as GPUs começaram a ser mais requisitadas – algo que se intensificou com o boom de inteligência artificial nos últimos anos – e nomes como Nvidia se valorizaram.
Nos últimos anos, a Intel chegou a anunciar mudanças em seu modelo de negócios, com uma operação de fabricação de chips sob demanda, mas enfrentava dificuldades para conquistar grandes clientes — o que resultou em perdas significativas.
A operação de manufatura da Intel também pode ter com outros negócios do SoftBank, que é dono da Arm, uma das principais rivais da Intel no setor de design de chips, mas que não tem fábricas próprias.
Além do SoftBank, outros investidores podem injetar valores altos para uma remontada da Intel. Fontes de mercado apontaram nas últimas semanas o governo dos EUA quer adquirir uma participação de 10% na Intel, com a possibilidade de converter em ações os subsídios concedidos à companhia pelo US CHIPS Act.
O interesse do governo de Donald Trump seria para fazer a Intel cumprir seus compromissos de desenvolver fábricas de chips nos EUA, assegurando capacidade soberana de manufatura de semicondutores para o país, um preocupação vital para a administração atual ianque.
