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A Edevo, startup de educação corporativa com foco em desenvolvimento de soft skills de profissionais e lideranças, acaba de se fundir com a Weird Garage, edtech de consultoria para implementação de cultura corporativa. Com a união, anunciada com exclusividade ao Startups, as empresas projetam um crescimento de 35% no faturamento em 2023.

Fundada em dezembro de 2021, a Weird Garage se posiciona como uma garagem de inovação e cultura que constrói empresas para a Nova Economia. A startup foi criada por Juliana Alencar, ex-sócia e chief culture officer da StartSe. “Na minha experiência na StartSe, percebi que inovação está muito atrelada a pessoas. Pensava que ficaria a vida toda trabalhando com inovação corporativa, mas gostei muito da parte de transformação cultural e governança”, conta.

Segundo ela, alguns outros fatores se somaram e a motivaram a deixar a edtech para empreender. Primeiro, a fase de maturidade da companhia, que no final de 2021 levantou R$ 75 milhões da gestora de private equity Pátria. “Começamos a criar projetos para os clientes e ampliar o conhecimento que ganhamos com os nossos próprios aprendizados. A empresa tomava um rumo mais focado em educação, de plataforma educacional voltada a negócios”, pontua. Somaram-se a isso a vontade pessoal de Juliana de aprofundar seus trabalhos com cultura organizacional e a oportunidade do mercado, com grandes empresas entendendo a importância desse trabalho.

Desde então, a Weird Garage ajudou a transformar mais de 30 empresas, incluindo Claro, Carrefour, Ambev e Nestlé. “A cultura está muito mais posicionada na estratégia de sobrevivência da empresa. É preciso ter times capacitados e uma cultura organizada, porque só com isso o negócio está preparado independente das rotas e conjunturas do mercado”, analisa.

Já a Edevo nasceu em 2018 como uma escola de negócios, inovação e comportamento. A startup oferece treinamentos de comunicação não violenta, team building, inteligência emocional, liderança, gestão de tempo, entre outros. Por meio das metodologias, ela busca que cada profissional entenda de negócios e esteja na vanguarda das inovações, colocando em prática  habilidades comportamentais no seu dia a dia.

“Para as pessoas terem uma vida profissional equilibrada, é importante entender a parte técnica, os soft skills, e também sobre inovação – e são essas as verticais endereçadas pela Edevo”, explica Marcelo Molina, principal investidor da edtech. Inicialmente, a startup operava no B2B2C, embora os contratos com empresas representassem a maior parte da receita. Com a pandemia, o negócio se transformou, ficando mais digital e focando 100% no B2B. Em seu site, a startup diz oferecer cursos a mais de 30 companhias como SBT, 99, Grupo Globo e Evino, com mais de mil horas de treinamento e 2 mil alunos impactados.

Juliana Alencar, CEO da Weird Garage
Juliana Alencar, CEO da Weird Garage (Foto: Fernando Navarro)

Por que a fusão fez sentido

O namoro entre as empresas começou há alguns meses. “São serviços complementares. A fusão nos permite ganhar força em termos de carteira de clientes e entregar um único produto, em linha com um processo de consolidação no mercado em geral. Além disso, as culturas individuais eram muito parecidas no sentido de valores, forma de trabalho e o que valorizamos na educação”, explica Marcelo.

A união com a Edevo possibilitará que a Weird Garage, especializada na liderança e governança das empresas, trabalhe fortemente também os times de profissionais, entregando soluções completas para todos os stakeholders das organizações. O objetivo é alcançar ainda mais clientes para auxiliar na construção de uma cultura que permita a evolução do negócio como um todo, com consultoria para a definição de decks culturais que auxiliam na captação de parceiros e investidores, além de sistemas internos de acompanhamento de performance e resultados.

Após a fusão, a Edevo passa a operar sob a marca da Weird Garage. Juliana será a CEO e Marcelo apoiará a companhia como membro do conselho, além de acionista. Com sede na cidade de São Paulo, a nova empresa vai incorporar os colaboradores de ambas as startups em suas operações.

Próximos passos

A expectativa, afirma Marcelo, é que a Weird Garage alcance uma boa fatia do mercado. “Por incrível que pareça, a gente não encontrou outros players com os mesmos produtos, que consiga atender às camadas de liderança, governança e times. Há startups que abordam essas demandas, mas não as três verticais com profundidade”, explica.

As edtechs crescem no bootstrapping, com uma abordagem camelo. “A ideia é rodar com caixa, gerando resultado e eventualmente trazer investimento futuro para expandir, mas não é o caso agora”, diz Marcelo. Segundo Juliana, a Weird Garage se paga desde o início de sua trajetória, e deve seguir atuando dessa forma mirando no crescimento sustentável.

Para 2023, o objetivo é trabalhar fortemente os times de profissionais, entregando soluções completas para as empresas, seja para a governança, líderes ou times a serem desenvolvidos.  Com o foco em ser um hub educacional, a Weird Garage tem a StartSe como principal parceiro em programas educacionais como os de inovação e programas imersivos no Vale do Silício, Miami, Israel, China, entre outros polos de inovação.

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