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Ao completar 3 anos de vida, a Môre Talents for Tech, fechou sua 1ª aquisição. A talentech, como ela se auto-define, incorporou a software house Sparta Labs, de Blumenau (SC).

Com a união, a companhia expande sua operação para além do mundo do design e do recrutamento de profissionais e passa a oferecer também serviços de desenvolvimento de tecnologia. “Isso nos abre um novo capítulo, com uma capacidade de entrega ponta a ponta”, diz Léo Xavier, cofundador da Môre.

Segundo ele, esse passo permitirá à companhia acessar os orçamentos dos clientes tanto do ponto de vista de OPEX – ajudando na contração de profissionais para as equipes internas -, quanto de CAPEX – para entregar novos projetos. “Toda empresa vai avançar em transformação digital. E são as pessoas que materializam isso. E a gente resolve o problema de colocar essas pessoas lá”, diz.

Com 19 clientes como Porto Seguro, CVC, Dasa, Smiles e Rede, a Môre ampliou seu quadro para 224 pessoas com a incorporação do time de 25 profissionais da Sparta. Alécio Gomes e Guga Corrêa, fundadores da software house, passam a ser, respectivamente, CTO e Head de Business Development da Môre.

A relação com a Sparta vem de longa data. Léo conta que “já era salvo” pela empresa na época da Pontomobi, agência de marketing digital voltada para dispositivos móveis criada por ele e seus sócios Flavia Panella e Renato Virgili em 2007 e que foi vendida para o grupo japonês Dentsu em 2015. O trio deixou o negócio em 2020. A própria Môre já tinha recorrido aos serviços da Sparta nos últimos 3 anos.

Bem-estar é performance

A Môre Talents tem hoje um banco de dados com 35 mil nomes e, de acordo com Léo, consegue atrair bons talentos por ter um entendimento do mundo digital e presar pela retenção dos talentos com benefícios (21 ao todo) e programas de desenvolvimento (a Môre School). “Temos 14 sistemas de hrtechs instalados aqui dentro. Não queremos ter subjetividade. A gente quer metrificar e usar dados para cuidar de gente”, diz. Hoje um terço da empresa está com ela há mais de um ano e maio.

Um dos programas internos é o da piscina. Se uma pessoa é dispensada de um projeto, ela pode ficar parada, sem trabalhar, mas recebendo normalmente, de 1 a 3 meses dependendo do tempo de casa. Até para demitir ela já tem uma política preparada. No caso de uma dispensa, a pessoa recebe até 3 meses adicionais dos benefícios. “A pessoa não fica desesperada. Tem 6 meses de tranquilidade. E isso se reflete no trabalho. Bem-estar é performance”, diz ele, comentando sobre a atual onda de demissões no mercado de tecnologia, que tem deixado os profissionais ressabiados.

Projeções da Môre Talents

Com receita de R$ 47 milhões em 2022, sendo 91% recorrente, a Môre projeta praticamente dobrar de tamanho em 2023, chegando a R$ 85 milhões. “É um sonho grande. Mas vamos tentar”, reforça Léo. Só a Sparta trouxe R$ 4 milhões para as previsões do ano.

A expansão virá de duas formas: horizontal e vertical. Na 1ª dimensão está a própria incorporação da Sparta, que permite ampliar a área de atuação. Há ainda, planos para entrar em áreas adjacentes como performance de produtos digitais e design metrics.

Na perspectiva vertical, o plano é investir na expansão geográfica. A Môre já tem um cliente nos EUA – que apesar de ser um mercado difiícil gera receita em dólar, que é multiplicada por 5 por conta do câmbio – e fechou um contrato no México. De acordo com Léo, está nos planos fazer uma captação de recursos para dar mais velocidade aos planos de crescimento.

As perspectivas continuam otimistas mesmo diante de um começo de ano não tão favorável. Segundo Léo, janeiro e fevereiro foram meses bem ruins. Mas em  março o ritmo já voltou e está em linha com o que foi novembro do ano passado. “Os negócios precisam avançar. E para isso precisam de gente”, reforça.

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