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Em julho falamos aqui do aporte que a Payface levantou, estendendo a sua série A em R$ 15 milhões com a entrada do fundo especializado Fintech Revolution. Com o dinheiro em caixa, a startup foi às compras e anunciou o seu primeiro M&A, adquirindo a SmileGo.

Com o negócio, de valor não divulgado, a Payface quer agregar à sua plataforma a tecnologia de reconhecimento facial, onboarding e cartões private label da SmileGo, que já tem na sua carteira clientes como Grupo Pereira, Condor e Oscar Calçados.

A história da SmileGo começou em 2021 como uma divisão da RPE (parceiro estratégico da Dock, antiga Conductor), com o objetivo de permitir que os consumidores pagassem por compras com seus rostos usando cartões de varejistas private label. No entanto, a empresa rapidamente reconheceu a necessidade de uma ferramenta de onboarding baseada em biometria antes da oferta do produto transacional. Essa solução já está em uso por mais de 40 varejistas afiliados à RPE, e continuará sendo oferecida dentro da Payface.

Em nota, Eládio Isoppo, CEO e cofundador da Payface, destacou a sinergia entre as duas empresas. “Entendemos rapidamente as complementaridades que existiam”, destacou, enfatizando também que a aquisição faz parte da estratégia de crescimento da fintech, que busca conectar diretamente os emissores de cartões, ampliando significativamente sua oferta ao público.

Com a integração rápida com a RPE e a rede de varejistas que já utilizam biometria via SmileGo, o plano da Payface é o de rapidamente trazer novos clientes para sua base, sem a necessidade de download do aplicativo da empresa. Segundo a fintech, isso permitirá bater a marca de 1 milhão de usuários ativos por mês nos próximos meses. A empresa espera anunciar os primeiros clientes do novo produto já nos próximos 30 dias.

As equipes das duas empresas já estão trabalhando em conjunto em todos os aspectos da integração, e Victor Braz, ex-CEO da SmileGo, assume a diretoria de Arranjos Fechados na companhia. “A união Payface e SmileGo reforça o nosso propósito de aprimoramento da experiência e segurança das jornadas de compra no varejo através do uso da biometria facial, e chega para ampliar e acelerar esse movimento”, completa Braz.

Dinheiro no caixa

Com base em Santa Catarina, a Payface tem chamado a atenção de investidores de peso no último ano. Além do fundo Fintech Revolution, a startup tem nas suas fileiras investidores como o BTG Pactual, com participação da do multifamily office Oikos e da HiPartners, venture capital focado em retail tech. Eles fizeram parte da primeira parte da rodada série A, colocando R$ 30 milhões na fintech.

Com clientes como redes supermercadistas St. Marché, Zona Sul e Prezunic do Grupo Cencosud, a fintech atualmente tem cerca de mil pontos de venda utilizando a tecnologia de biometria para pagamentos. “A partir do próximo ano nossa expectativa é aumentar essa base de forma exponencial”, afirmou Eladio em entrevista ao Startups em julho. A projeção é fechar 2023 integrada a 2 mil PDVs, com capacidade para atender cerca de 2,4 milhões de consumidores mensais.

A companhia atende redes com uma média de 20 lojas, mas o plano é saltar para companhias maiores e redes além do varejo alimentar a partir do próximo ano, mercado que deve se abrir com a criação de produtos complementares. Entre eles está o “Pixface”, que permitirá que o usuário faça uma operação de Pix usando apenas o rosto como identificação.

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