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Apesar de muitos números do mercado ainda não inspirarem confiança sobre uma possível saída do “inverno” que se abateu desde o segundo semestre do ano passado, alguns números estão mostrando uma luz no fim do túnel. É o caso de um novo levantamento da PwC Brasil, que mostrou que as transações de M&A ganharam força no primeiro semestre de 2023.

Os dados da consultoria apontam que, tirando 2022 e 2021, quando o mercado estava fortemente aquecido, este é o melhor primeiro semestre desde 2008. Ao todo, foram 610 operações, número superior às 395 registradas no mesmo período em 2020 – mas abaixo das 706 registradas em 2021, e das 807 em 2022.

O que não é nenhuma surpresa, o setor de tecnologia puxou a frente nos M&As até agora em 2023, já que é uma tendência que se repete nos últimos anos. Entretanto, o esfriamento ocorreu: foram 295 fusões e aquisições em tecnologia contra 397 em 2022, queda de 26%. Atrás de tecnologia está o setor de bancos e mercados de capitais, com 6,7% do total de M&As.

Quanto ao perfil dos investidores, a maior parte das operações (493) foi realizada por investidores estratégicos, que são aqueles que já atuam no setor, enquanto os fundos de private equity responderam por 117 transações.

O estado de São Paulo concentra quase metade das transações em 2023 (48%). Em segundo lugar, figura Santa Catarina (8,8%), à frente de Minas Gerais (8%), Rio Grande do Sul (6,7%) e Rio de Janeiro (6,5%).

De acordo com o sócio da PwC Brasil, Leonardo Dell’Oso, os números registrados até agora em 2023 mostram uma tendência de recuperação, com os investidores deixando suas posições de espera por um momento mais claro no mercado, retomando o ritmo de suas teses de investimento.

“Podemos esperar nos próximos meses uma intensificação das transações de M&A, visando o crescimento das operações e o ganho de eficiência operacional, assim como a retomada dos follow-ons e até mesmo dos projetos de novos IPOs na bolsa. Os anos de 2021 e 2022 foram de grandes volumes de negócios e, apesar da queda em 2023, acreditamos que o ano deve fechar com um volume expressivo de negócios, com uma maior aceleração no último trimestre do ano”, avalia o sócio da PwC Brasil.

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