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A Purple Metrics, startup especializada em mensuração recorrente de branding, recebeu um aporte de US$ 1,2 milhão em sua rodada pré-seed. O investimento foi liderado pela Astella, com participação dos fundos 040 Ventures e Raio Capital

Fundada em maio de 2021 pelos irmãos Guta e Eduardo Tolmasquim, a empresa oferece um software por assinatura para gestores de marketing acompanharem o resultado de seus esforços com dados precisos e em tempo real, facilitando a tomada de decisões e medição de resultados. A pesquisa traz métricas de comportamento (elasticidade, lealdade, preferência e propensão), sentimento (afeto, identificação, paixão e relevância) e atributos de marca, a partir de perguntas simples respondidas por leads e clientes ao longo da jornada.

Logo no primeiro ano de vida, a empresa atraiu investidores-anjo estratégicos, incluindo Tiago Lafer, Gina Gotthilf, Monique Evelle, Duda Gouvêa Vieira, Pedro Sirotsky, Isa Ventura e Roberto Grossman, que ajudaram a criar o MVP e a validar a tese do negócio. Entre os clientes “early adopters” estão nomes como Blip, Conta Azul, Daki, Nuvemshop e RD Station.

Com os novos recursos, o foco da Purple é desenvolver o produto com melhorias e extensões. De acordo com Guta Tolmasquim, CEO da empresa, o objetivo é integrar diversas APIs à plataforma para conectar dados secundários, como redes sociais e busca online. “Nosso produto principal funciona como uma lanterna, dando a luz para as marcas operarem. Agora, vamos integrar outras aplicações de dados e construir algoritmos para entregar uma visão panorâmica para as empresas”, explica.

A executiva reconhece que o momento macroeconômico para captar ainda não é dos mais favoráveis, mas já observa uma melhoria dos ânimos no mercado. “Não está tão difícil quanto já esteve. Os fundos estão investindo, mas estão mais cautelosos. Tivemos a sorte de encontrar parceiros com sinergias muito grandes. A Astella entende muito de software, e também de marketing, e compreendeu rapidamente a proposta e o que queremos fazer com a Purple”, pontua.

Guta acrescenta que sua bagagem como empreendedora também contribuiu para navegar durante a seca do venture capital. Antes da Purple, ela já havia fundado a Brand Gym, agência de branding para empresas de tecnologia. “Tenho a vantagem de vir de uma empresa que era bootstrapping e já gerava lucro, então sabia como gerir uma empresa positiva”, conta.

O publicitário Daniel Chalfon, sócio da Astella, define a proposta da Purple Metrics como uma grande democratização de instrumentos de branding. “O marketing digital permitiu que um grande número de empresas se tornasse anunciante e contasse com ótimas ferramentas de medição de anúncios, porém as áreas de branding e comunicação ficaram presas a ferramentas antigas que atendem apenas grandes orçamentos de marketing”, diz, em nota.

Próximos passos

Embora a Purple Metrics esteja, neste momento, focada no mercado brasileiro, a companhia já nasceu com um olhar internacional. “O Brasil já exporta talentos de marketing, por que também não exportar tecnologia? O marketing é um departamento global, e é muito melhor usar as mesmas ferramentas para comparar mercados diferentes. Por isso, a natureza do nosso produto já é global”, avalia Guta.

Clientes brasileiros com operações globais já estão testando o software na Argentina, no México e em Portugal. “Vamos crescer internacionalmente, mas sem perder o foco. Neste início, aproveitamos as operações no Brasil para validar o produto e, depois, vamos expandir”, acrescenta. A empresa ainda não está no momento de escala, mas prevê fechar os próximos 12 meses com mais de 50 clientes. 

O time da Purple já está preparado para esse movimento, distribuído entre diferentes países com profissionais remotos e até nômades digitais.

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