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Janeiro começou aquecido para as startups brasileiras, com US$ 305 milhões em rodadas de investimento. Entretanto, fevereiro chegou com um tombo, caindo para apenas US$ 167 milhões – uma queda de 45% no mês a mês. Entretanto, no cenário América Latina, as coisas melhoraram, mesmo que só um pouquinho.

De acordo com o levantamento mensal feito pela Sling Hub, para as startups latino-americanas, fevereiro rendeu US$ 482 milhões em rodadas, um crescimento de 10% sobre os US$ 438 anotados em janeiro. Em volume de investimentos, o Brasil viu mais rodadas, apesar de cheques menores: foram 48 aportes, um aumento de 60% no mês a mês.

No ano a ano, porém, o estudo mostra uma visão animadora para toda a região. Em comparação com fevereiro de 2023, tanto o Brasil quanto a América Latina saíram no positivo, com o Brasil crescendo 16% e, a América Latina, 63%.

Quem puxou a frente em investimentos no segundo mês de 2024 foi o México, que captou US$ 194 milhões, e uma parte significativa desse montante se deve à uma rodada venture debt de US$ 120 milhões que a fintech Baubap levantou com a Six Point Capital. Em termos de rodadas grandes, as fintechs colombianas Simetrik e Bold completaram o Top 3, com cheques de US$ 55 milhões e US$ 50 milhões, respectivamente.

“O México decolou em fevereiro. Além de ter crescido 255% na comparação com fevereiro de 2023, movimentando US$ 194M, o país também fez bonito nas principais rodadas do mês”, destacou João Ventura, CEO da Sling Hub.

Segundo a consultoria, no Brasil as maiores rodadas pertenceram à Incognia (US$ 31 milhões, desbancada no pódio de Series B pela colombiana Simetrik), Tembici e Traive. Merece destaque a rodada seed da Cogtive, que captou R$ 10 milhões com a Indicator Capital.

Em um dado que não surpreende a ninguém, mas que mostra uma recuperação em relação a janeiro, as fintechs foram novamente o grande destaque no gosto dos investidores. O setor cresceu 183% no ano a ano, totalizando US$ 279 milhões em rodadas em fevereiro. O bom momento das fintechs também se refletiou nos M&As, como a aquisição do will bank pelo Banco Master, por valor não divulgado.

“Interessante também notar o crescimento dos setores de cleantech, de impressionantes 646%, e de security, de 39%, no ano a ano”, completa João Ventura.

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