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Apple aposta em iPhone 15, Apple Watch S9 e mais para reacender vendas

Smartphones passam a contar com a entrada USB-C e preços de alguns dos modelos devem subir em US$ 100 (R$ 500)

Foto: Reprodução/Apple
Foto: Reprodução/Apple

Setembro chegou e, com ele, o evento mais esperado pelos iPhone lovers. Na tarde desta terça (12), a partir das 14h, a Apple apresenta seus principais lançamentos do ano em evento denominado Wonderlust, termo usado para definir o desejo de viajar pelo mundo. As novidades foram divulgadas ao vivo pelo YouTube, no site apple.com e na Apple TV. 

A fabricante iniciou os trabalhos apresentando o Apple Watch S9 (US$ 399), com bateria de 18 horas de duração, novo processador e uma integração mais orgânica com a Siri. O smartwatch conta também com um recurso de busca por um iPhone perdido, que vai apontar as direções para o celular, além de transferir contatos entre os relógios.

Outra novidade é o Ultra 2 (US$ 799), lançamento da linha do Apple Watch pensada para quem gosta de esportes extremos, como escalada e mergulho. Com nova tela e bateria maior do que a da linha Series, o relógio é mais parrudo e resistente.

Ultra 2, novo smartwatch da Apple (Foto: Reprodução/Apple)

Os lançamentos mais aguardados são os novos iPhone 15 (US$ 799), iPhone 15 Plus (US$ 899), ambos com câmera de 48 MP, contra 12 MP da geração anterior, iPhone 15 Pro (US$ 999) e iPhone 15 Pro Max (US$ 1.199). Nas linhas “Pro”, com aquele precinho camarada (só que não), as mudanças estão no acabamento em titânio para ficar mais leve, novo processador A17 e bordas mais finas e arredondadas na área próxima à tela. A câmera também recebeu upgrade, com um novo zoom óptico para capturar objetos em maior distância. Ambas as versões começam com 256 GB de memória.

Outra novidade dos modelos 15 Pro e 15 Pro Max é a chegada do novo botão de ação customizável. Localizado na lateral do celular, seu acionamento pode ativar uma série de ações, como iniciar uma gravação de voz, ativar a câmera, etc.

Já na linha mais básica, a principal novidade é a chegada da Dynamic Island (ou “Ilha Dinâmica”, em português), até então só disponível no iPhone 14 Pro e 14 Pro Max. Lembrando que todos os novos modelos também passarão a contar com a entrada USB-C (em vez da Lightning) por conta de uma determinação feita em 2022 pela União Europeia.

De acordo com analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, os preços de alguns dos novos celulares devem subir em US$ 100 (cerca de R$ 500). O iPhone 15 e 15 Plus deverão ser os mais “baratos” da linha, e o iPhone 15 Pro e 15 Pro Max, os mais caros (e mais potentes). Então, preparem os bolsos!

E é claro que o lançamento mais aguardado do ano já virou meme nas redes sociais:

Foto: Reprodução/Twitter

Antes mesmo do lançamento oficial, analistas já especulavam como a nova famílias de iPhone chegaria para ser a “salvação da lavoura” para a Apple, em um ano em que o ritmo de venda de smartphones não foi tão bom quanto em outras épocas.

A empresa acumulou quedas em vendas de aparelhos nos últimos quatro trimestres fiscais, sendo salva pela receita forte em sua parte de serviços, como Apple TV, Arcade, App Store e outros.

“Há uma preocupação real sobre quando o volume aumentará e qual será o horizonte para o crescimento das vendas do iPhone”, disse no mês passado Daniel Newman, executivo-chefe e analista principal da empresa de pesquisa Futurum Group.

Entretanto, com o lançamento de novos iPhones, o frisson dos Applemaníacos se acende novamente, o que deve melhorar os números para o último quartil do ano. As vendas do iPhone 15 Pro Max representarão 40% de todas as compras dos modelos deste ano, de acordo com previsão da empresa de inteligência de mercado TrendForce. A consultoria diz que a lente periscópica exclusiva do modelo de primeira linha será suficiente para impulsionar a demanda do consumidor, apesar de um aumento potencial de preço de US$ 100 em relação ao Pro Max do ano passado.

Serviços financeiros

Lançamentos de smartphones e smartwatches à parte, a Apple tem buscado novas maneiras de manter seus clientes fieis, frente à concorrência, incluindo a oferta de serviços financeiros. Em março, a companhia lançou no mercado norte-americano o Apple Pay Later, programa de crediário para compras parceladas (buy now, pay later, no termo em inglês), em lojas físicas e online e sem depender do vendedor.

O serviço permitirá que os usuários dividam as compras em quatro pagamentos, divididos em até seis semanas, sem juros ou taxas. Os usuários podem solicitar empréstimos entre US$ 50 e US$ 1.000.

Na visão de especialistas do setor, o Apple Pay Later tem tudo para chegar atropelando e ameaçando concorrentes estabelecidos, oferecendo uma solução prática e nativa para os milhões de usuários de iPhone e iPad.