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Depois de fechar sua segunda parceria em um ano e triplicar a base de clientes em 2023, a BHub, startup especializada em back office “as a service”, vai explorar novas fronteiras.

“Vejo oportunidades onde ainda não atuamos – desde a oferta de benefícios e seguros aos departamentos de recursos humanos das empresas, até uma gama de novos serviços financeiros”, diz o sócio e CEO Jorge Vargas Neto. A oferta será feita por parceiros da BHub, que utilizam a tecnologia e produtos adjacentes da startup para ganhar escala, expandindo seus serviços e rentabilidade, bem como ampliando sua base de clientes, explica.

Jorge revela, ainda, que a plataforma está testando uma nova funcionalidade, o Fin ChatGPT, um assistente virtual disponível 24×7 que responde perguntas como “qual foi minha receita nos últimos três meses”, por exemplo. “O piloto está disponível a 5% da nossa base, os ‘heavy users’. Esperamos fazer o ‘roll out’ em breve”, diz. “Queremos ser o braço direito do empresário e do contador, oferecer um ecossistema completo de soluções a clientes dos mais variados segmentos”.

“As a service”

A nova parceria fechada pela BHub é com a BR Experts, empresa especializada na prestação de serviços de BPO (terceirização de processos de negócios, na sigla em inglês). A primeira parceria fechada foi com a WellsCo.— um escritório de contabilidade com forte atuação junto a PMEs.

Jorge diz que o mercado de contabilidade movimenta mais de R$ 160 bilhões por ano no Brasil, com mais de 82 mil escritórios – em sua grande maioria empresas familiares. A BHub quer fechar mais parcerias neste ano, e “ser líder de back office as a service no mercado contábil”.

Jorge Vargas Neto, fundador e CEO da BHub (Crédito: BHub/divulgação)
Jorge Vargas Neto, fundador e CEO da BHub (Crédito: BHub/divulgação)

Segundo o CEO, a BHub encerrou 2023 com mais de 1.200 empresas pagantes. Em 2024, a startup espera manter o mesmo ritmo de crescimento. Embora não revele os números, Jorge diz que a receita quadruplicou em 2023.

Dos R$ 180 milhões em aportes recebidos de investidores desde o início das operações da empresa, apenas R$ 70 milhões foram aplicados. “Ainda temos mais de R$ 110 milhões para investimentos. Ou seja, temos um burn multiple menor que dois, o que nos coloca no mesmo nível dos melhores SaaS do mundo”, afirma. Segundo seus cálculos, a BHub ainda tem caixa para os próximos 36 meses.

Dor real

Para o CEO, o segredo do negócio da BHub é atacar um problema real e recorrente – porém nada “sexy”. Ou seja, a startup faz um serviço que pouca gente quer fazer.

“Automatizamos processos manuais e repetitivos sujeitos a erro, como contas a pagar/receber, emissão de notas…. Com isso, geramos economia média de R$ 25 mil/mês (5% das despesas do departamento de contabilidade, em média) para os empresários; e de R$ 180 mil reais/mês (ou 70% dos custos), em média, para o contador”, afirma o CEO.

Fundada em junho do ano passado por Jorge, Fernando Ricco, Vanessa Muglia e Marcelio Leal, a BHub oferece planos de gestão por assinatura mensal que incluem serviços como gestão de contas a pagar e receber, folha de pagamentos, contabilidade, departamento financeiro e jurídico.

O CEO se autodefine como um “empreendedor serial“. Sua primeira startup foi a Biva, quando ele tinha apenas 24 anos – vendida para a PagSeguro. Depois a ZenFinance, comprada pelo Rappi Bank. “Já sofri muito com back office, quase me causou um prejuízo na venda da Zen”, admite. Segundo ele, a BHub resolveu boa parte dessa “dor”, mas “ainda há muito a fazer para melhorar a vida dos empresários”.

A BHub concorre atualmente com players como a Kamino, Trace Finance e até com alguns grandes bancos como BTG e Itaú, que criaram áreas dedicadas a endereçar as mesmas dores dos empreendedores.

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