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Dando continuidade às suas estratégias para expansão, na busca por se consolidar como um marketplace de serviços e não só um app de mobilidade, a inDrive espera encerrar 2023 com uma receita 60% maior que a alcançada em 2022. A startup comemora este ano uma década no mercado.

São mais de 150 milhões de downloads em 47 países, sendo o segundo aplicativo de compartilhamento de viagens mais baixado globalmente. Para manter o seu crescimento sustentável, a companhia este ano foca em firmar novas parcerias e acelerar novas frentes de geração de receita.

O movimento mais recente da inDrive para tal foi feito na semana passada, com o início das operações nos EUA, começando por Miami, na Flórida. Lembrando que, apesar de estar sediada na Califórnia, a startup ainda não atuava naquele país. Em entrevista ao Startups durante sua rápida e primeira visita ao Brasil esta semana, o fundador e CEO da inDrive, Arsen Tomsky, disse que a ingressão no mercado americano será cautelosa, ganhando fôlego aos poucos.

“Vimos que esse era o momento ideal para entrarmos no mercado americano, principalmente porque os concorrentes não estão mais pagando bônus aos seus motoristas, somente cobrando altas taxas de comissão. Miami servirá como um teste para saber se há apetite por um novo player de carona. Dando certo, o próximo alvo será alguma pequena cidade nos arredores de Las Vegas”, conta Arsen.

Estratégia para atrair motoristas e abalar a concorrência nos EUA a inDrive tem. Segundo o CEO, a startup não cobrará comissão dos motoristas até janeiro de 2024 – normalmente, ela cobra uma taxa de comissão de 10% sobre as viagens. Já Uber e Lyft, principais concorrentes por lá, ficam com 25%.

Outra nova frente de negócio que vem por aí (sim, a startup está empenhada) é a de fintech. A estratégia da inDrive é funcionar como um banco para a sua comunidade de motoristas, oferecendo empréstimos. Segundo Arsen, o primeiro mercado a receber a novidade muito em breve será o México, em fase de testes, para posteriormente expandir globalmente. “Geralmente, as taxas de juros anuais que os bancos cobram pelos empréstimos chegam a 300%, nosso objetivo é cobrar até 100% ao ano”, detalha o CEO.

InDrive no Brasil

Atualmente, o mercado brasileiro está entre os três maiores dos 47 países onde a marca está representada. Em quase cinco anos no país, a operação vem apresentando alto crescimento sustentável. Especialmente em 2022, a inDrive consolidou sua posição no mercado de mobilidade com transporte particular de passageiros, além de erguer e acelerar o crescimento dos negócios de entrega, chegando a um volume de 1 milhão de serviços realizados por meio desta vertical.

Em 2023, o foco da companhia no Brasil também será a expansão de todos os seus negócios até a consolidação como marketplace de serviços. Para o negócio de transporte de passageiros, a projeção da inDrive é de aumentar em 25% o número de novos usuários, em 51% a receita e chegar a 113 novas cidades, totalizando mais de 200. Já as expectativas para a vertical de entregas é de crescer 90% o número de entregas em relação a 2022, e ampliar em 190% o GMV, ou volume bruto de mercadorias entregues, em 2023.

Arsen também está lançando o livro dele em português aqui no Brasil: ‘inDriver, da Sibéria ao Vale do Silício’ (o reposicionamento da marca foi feito no fim do ano passado). Nele, o executivo relembra momentos importantes da sua vida e conta a história da inDrive. Ele compartilha técnicas e segredos concretos sobre como criar uma empresa internacional de sucesso com uma equipe coesa e motivada. Fui presenteada com um exemplar e confesso que estou curtindo bastante a leitura.

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