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Crescimento das big techs pode despencar 77% em 2026

Segundo a Stocklytics, gigantes como Microsoft, Nvidia, Amazon, Google e Meta terão dificuldades em um mercado mais cético

Crescimento big techs
Crescimento big techs. Crédito: Canva

Depois de um começo de 2023 complicado, as últimos meses foram animadores (em média) para as big techs na bolsa de valores. Entretanto, 2026 não deverá ser um ano fácil não, e as dificuldades para crescer poderão voltar com tudo. Na verdade, segundo a consultoria norte-americana Stocklytics, em 2026 empresa como Microsoft, Nvidia, Amazon, Google e Meta poderão registrar quedas de 77%.

“A ameaça imponente de mais restrições comerciais aos fabricantes de chips, aliada ao crescente ceticismo sobre o impacto duradouro do entusiasmo pela IA, contribuiu para a queda substancial no crescimento esperado dos lucros das gigantes da tecnologia”, destaca Edith Reads, analista financeira da Stocklytics.

No final do ano passado, as big techs anotaram um crescimento médio de 57% nas ações, aumentando significativamente o crescimento geral do EPS do S&P 500 para 4%. Entretanto, um esfriamento do hype da inteligência artificial é uma possibilidade, o que ameaça o ritmo de avanço destas empresas.

Até o final de 2024, Google, Microsoft, Amazon, Meta e Nvidia provavelmente atingirão um crescimento médio de 37% em lucros por ação (EPS), uma queda de 35% em relação ao ano anterior. Os analistas esperam que essa tendência de crescimento decrescente continue, com o crescimento do EPS projetado para cair para 19% em 2025 e 13% em 2026.

Alguns sintomas dessa previsão já começaram a aparecer, inclusive. Neste segundo semestre, alguns gigantes da tecnologia experimentaram quedas notáveis nas ações, como é o caso da Nvidia, que teve um rally notável nos primeiros meses do ano, mas em julho já caiu 8,8%.

Em contraste, o restante das grandes empresas listadas – as da chamada “economia real”, estão cotadas para emergir de uma recessão nos lucros, com papeis podendo aumentar 9% até 2026. Não parece muito, mas representa um crescimento de 125% em relação a 2023. As empresas do setor imobiliário, construção residencial e bancos regionais devem liderar o crescimento dos lucros, inclusive ofuscando as grandes empresas de tecnologia.