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Se o mercado não anda dos melhores para investimento late-stage no venture capital, os fundos estão pensando em novas formas de não deixar o dinheiro parado. É o caso do SoftBank, que está explorando a possibilidade de emprestar dinheiro para empresas de tecnologia.

Segundo reportou a Bloomberg, o fundo de Masayoshi Son quer colocar os seus bilhões para preencher a lacuna deixada pelo colapso do Silicon Valley Bank, que era um dos principais nomes quando o assunto era linhas de crédito para startups e outras companhias de tech.

Conforme disseram fontes ao veículo, investidores seniores do SoftBank discutiram com agentes do mercado sobre empréstimos diretos para empresas de tecnologia e levantaram a possibilidade de colocar até US$ 1 bilhão neste tipo de investimento, por meio da SoftBank Investment Advisors, que administra dois fundos Vision.

As negociações estão em estágio inicial e podem estar sujeitas a alterações. O SoftBank busca obter rendimentos de dois dígitos para a estratégia de crédito privado, um percentual em linha do que é praticado por bancos e outras grandes companhias de empréstimos diretos.

Em busca de uma saída

O plano da SoftBank é mais uma alternativa entre as diferentes saídas que grandes fundos late-stage globais estão buscando para não deixar seu dinheiro – o chamado dry powder – parado. Um exemplo recente é o da Andreesen Horowitz, que nas últimas semanas está sondando a possibilidade de montar um “fundo de fundos” para auxiliar gestoras a assinar cheques para startups em estágio inicial.

Outra que está se “virando nos 30” para movimentar seu dinheiro – no caso, obter mais liquidez para seus sócios – é a Tiger Global. Um dos fundos globais que mais assinou cheques nos últimos anos, a gestora procurou a Evercore para vender, liquidando participações em startups de mid e late stage que a companhia tem em seu portfólio.

Por falar em liquidez e caixa, as coisas não andam tão bem para o SoftBank. O fundo anunciou um prejuízo recorde nos seus resultados referentes ao ano fiscal encerrado em março. No caso, o baque veio dos dois fundos Vision, que registraram perda de 4,3 trilhões de ienes (US$ 32 bilhões), no período, contra uma perda de 2,55 trilhões (US$ 19 bilhões) de ienes no mesmo período do ano anterior.

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