Aceleração

Banrisul lança programa e inicia nova fase de inovação aberta

Com 3ª edição do Banritech, banco gaúcho quer se aproximar de fintechs mais maduras, para atender desafios internos da instituição

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Evento de lançamento do Banritech Fly, no Instituto Caldeira | Foto: Startups
Evento de lançamento do Banritech Fly, no Instituto Caldeira | Foto: Startups

Para o Banrisul, banco gaúcho que conta com mais de 4 milhões de clientes, em time que está vencendo se mexe, sim. Isso é o que afirma o banco ao lançar a nova edição de seu programa de aceleração, o Banritech Fly. Em seu terceiro ciclo, agora o programa quer trabalhar com fintechs e outras startups mais maduras, de olho em atender desafios internos do banco.

Lançado nessa segunda-feira (28) no Instituto Caldeira, em Porto Alegre, o programa foi redesenhado para impulsionar startups em fase operacional, de tração ou escala, com soluções prontas para serem validadas – por isso o nome “Fly” incluído no nome da nova edição.

As temáticas abordadas no novo edital incluem Inteligência de Mercado, Agregador Financeiro PJ, Programa de Fidelidade, Garantia Tokenizada, Gestão de Imóveis e Performance Interna. Segundo o banco, todos estes temas são conectados às metas de eficiência, expansão, governança e experiência de cliente do banco.

“Nosso propósito é tornar a inovação algo vivo e integrado ao dia a dia do Banrisul. Ao aproximar startups que tragam soluções para os nossos desafios mais prioritários, abrimos espaço para novos negócios, novos modelos e para um relacionamento mais digital e eficaz para os nossos clientes”, destacou Fernando Lemos, presidente do Banrisul.

Como funcionará o programa?

Após a chamada inicial, cujas inscrições já estão abertas, o banco selecionará de 30 a 50 startups – um número nos moldes das edições anteriores, que já aceleraram 30 startups. Aliás, segundo destacou a instituição durante o lançamento, 43% das startups aceleradas nas edições anteriores – o que inclui nomes como GalaxPay e Pix Force – atraíram novos clientes ou investidores ao final das acelerações.

O ciclo de aceleração será de setembro a novembro, no qual os fundadores terão acesso a mentorias, consultorias, diagnósticos de maturidade e acesso ao Tecnopuc. Ao final do programa, 10 startups passarão para o Pitch Day e três receberão subsídios para participar de eventos como o Web Summit e SXSW.

Segundo Fabrício Gomes, gerente de inovação do Banrisul, a meta é acelerar startups que, ao final do ciclo, possam conduzir provas de conceito (POCs) dentro de áreas estratégicas do banco. “Estamos respondendo a uma provocação interna do banco, de sermos um pouco ‘mais startup’, mais ágeis para inovar, atraindo negócios inovadores para perto”, afirma.

Uma evolução natural

Em conversa com o Startups, Fabrício destacou que a nova edição do Banritech é uma evolução natural do programa, que em suas primeiras iterações serviu para entender as dinâmicas da inovação aberta e abrir relacionamento com o ecossistema. Segundo o executivo, agora o banco está pronto para a “próxima fase”.

“Acredito que a partir de agora temos o conhecimento para ser mais assertivos na solução dos desafios internos, tanto para atrair negócios mais maduros e prontos para escalar, quanto para identificar as soluções mais adequadas e aderentes às necessidades do banco”, explica.

E por falar em “novas fases”, o executivo do Banrisul não descarta para o futuro a possibilidade de se tornar investidor de startups, algo nos moldes que outros bancos estatais como o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal andam fazendo. Entretanto, por enquanto o banco prefere investir a partir de sua posição como cotista no Criatec 4, fundo gerido pelo Banco Regional do Extremo Sul (BRDE).

“A gente está amadurecendo enquanto agentes de inovação, o programa de aceleração é um instrumento desse processo, para posteriormente a gente pensar ou não em um CVC. Entretanto, ainda não é o momento para isso”, finaliza.

As inscrições do Banritech Fly já estão abertas, e o edital pode ser acessado por este link.