As ações da Nvidia voltam a subir nesta terça-feira (28), com alta de 6,56% por volta das 14h30, negociadas a US$ 126, com o mercado superando o susto de segunda-feira. Os papéis haviam despencado 17%, impactados por notícias de que um novo modelo de inteligência artificial mais eficiente da startup chinesa DeepSeek poderia impactar a demanda global por chips e data centers.
Ao longo do dia de ontem, os concorrentes americanos buscaram tranquilizar seus investidores, divulgando comunicados positivos sobre a tecnologia chinesa. Sam Altman, da OpenAI, disse que o modelo usado pela DeepSeek é “impressionante”, enquanto a Nvidia afirmou que se trata de um “excelente avanço em IA”.
Em declaração enviada à imprensa, a Nvidia acrescentou ainda que a nova tecnologia “requer um número significativo de GPUs da Nvidia e redes de alta performance”, dando a entender que a demanda pelos seus produtos continuará em alta.
No mercado, analistas concordam que a reação à startup chinesa foi exagerada, mas ainda assim realizaram ajustes no preço-alvo das ações da companhia, que chegaram a ser negociadas em patamares de US$ 200 nos momentos de maior alta.
Na manhã desta terça-feira, a Morgan Stanley reduziu o preço-alvo das ações da Nvidia de US$ 166 para US$ 152. A instituição considera a companhia bem posicionada para continuar crescendo e mantém uma visão otimista sobre o cenário de longo prazo para os semicondutores voltados para IA. Porém, recomenda cautela devido à volatilidade do mercado no curto prazo e ao impacto do anúncio disruptivo da DeepSeek sobre o sentimento dos investidores.
O Itaú BBA, por sua vez, considera o momento uma boa oportunidade de compra das ações da Nvidia, e colocou preço-alvo em US$ 164. “Do ponto de vista técnico/fundamental, não estamos particularmente preocupados com o DeepSeek. Se estivermos errados e a IA ficar mais barata, deveremos ver mais acesso, o que deverá acelerar a procura de inferência. Isto é positivo para a Nvidia e mais ainda para a Microsoft“, afirma o relatório da instituição.