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Agroforestry abre rodada, chega na Europa e anuncia COO

Climatech brasileira iniciou sua expansão internacional com operações na Holanda e em Portugal

Agroforestry
Gabriel Neto e Clara Johannpeter, da Agroforestry (Foto: Divulgação)

A Agroforestry Carbon, startup especializada em agrofloresta e regeneração, está pronta para ganhar o mundo. Após impactar o mercado brasileiro com mais de 400 mil áreas plantadas, 250 pequenos agricultores beneficiados e mais de sete mil toneladas de alimentos produzidos, a empresa iniciou a sua expansão internacional com operações na Holanda e em Portugal.

“Enxergamos um enorme potencial no mercado internacional para o financiamento de agroflorestas em comunidades”, afirma Gabriel Neto, CEO da Agroforestry, em nota. Ele revela que a startup recebeu alguns convites ao redor da Europa e, embora comece com dois países, já enxerga potencial de expansão para os demais. A climatech estuda a entrada no mercado do Reino Unido e tem conversas avançadas com o governo local para futuros projetos. 

“Nos últimos anos, transformamos a realidade de várias regiões no Brasil e agora buscamos parceiros e fundos internacionais para expandir ainda mais os sistemas agroflorestais junto a pequenos agricultores brasileiros”, afirma Gabriel. A Agroforestry faturou R$ 2,2 milhões em 2023 e, com a internacionalização, projeta crescer 50% até dezembro.

Os planos serão sustentados por uma rodada de investimentos, que já está aberta na plataforma de equity crowdfunding Arara Seed. A expectativa é captar R$ 1,6 milhão para  ampliar os times de marketing e vendas, além de aprimorar sua tecnologia.

Fundada em 2021, a Agroforestry promove uma série de práticas sustentáveis que beneficiam o meio ambiente e as comunidades em todo o mundo. A startup oferece soluções como banco de dados agroflorestal e cálculo da pegada de carbono, além de planos de assinatura para quem deseja contribuir mensalmente para o plantio de árvores e projetos personalizados desenvolvidos com inteligência geográfica e big data para planejar e implementar iniciativas adaptadas às demandas específicas das cadeias produtivas de supply chain.

O objetivo é empoderar pequenos agricultores, melhorar a biodiversidade e garantir a soberania alimentar, enquanto continua a desenvolver projetos de carbono inovadores.  “Nossa missão é restaurar áreas degradadas, produzir alimentos de qualidade e promover uma maior biodiversidade, sempre com impacto socioambiental positivo, segurança e rastreabilidade,” destaca Gabriel.

Unindo forças

Como parte da estratégia de crescimento, a climatech acaba de anunciar a chegada de sua nova diretora de operações. Clara Johannpeter assume como Chief Operating Officer (COO) e será responsável por supervisionar toda a operação da marca. “É muito importante unir forças para que possamos construir um futuro no qual realmente queremos viver. Trabalhar com sustentabilidade é um desafio que deve ser realizado em muitas frentes e vejo que, ao nos juntarmos, unimos expertises necessárias para que nossos objetivos – nesse caso, plantar árvores e gerar impacto na vida de agricultores e comunidades – aconteçam”, diz Clara.

A executiva trabalha com agroflorestas e impacto há nove anos e fundou NForests, que recentemente foi incorporada pela Agroforestry Carbon. Além disso, ela fundou o núcleo de arte Gema e faz parte do conselho do parque tecnológico PradoTech, desenvolvido em parceria com a Prefeitura Municipal de Gravataí (RS) e a Ventiur.

Em comunicado, a Agroforesty disse estar comprometida com a implementação de agroflorestas em propriedades no Brasil e oferecerá para Europa alguns dos serviços como projetos agroflorestais personalizados e projetos de carbono de alto valor agregado de impacto e com rastreabilidade.