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Além do namoro: para faturar, Bumble quer te ajudar a encontrar amigos

Com a chegada da brasileira Lidiane Jones (ex-Slack), estratégia do app agora visa impulsionar o crescimento de forma inorgânica

Bumble
Bumble. Foto: Canva

Alguém aí ainda usa apps de namoro? Se sim, você com certeza já experimentou o Bumble – que há uns bons anos se tornou um dos principais rivais do Tinder. Entretanto, para impulsionar seu crescimento futuro, a empresa quer ir além dos namoros, e ajudar usuários a fazer novas amizades.

Para isso, a companhia anunciou uma nova aquisição, da Geneva, plataforma focada na criação de comunidades. Em nota, o Bumble declarou que o acordo foi concebido para ajudá-la a expandir o seu foco de “conexões individuais com grupos e comunidades” – ou seja, para ajudar usuários a fazer amigos.

Em uma postagem no LinkedIn esta manhã, a CEO Lidiane Jones disse que o plano futuro será “acelerar nosso produto de amizade usando a poderosa plataforma tecnológica da Geneva”. A expectativa, segundo fontes, é que a Geneva seja totalmente incorporado dentro do Bumble, mas nada foi confirmado pelas companhias – cuja transação só deve ser concluída no terceiro trimestre do ano.

Os valores da aquisição não foram divulgados, mas o movimento vem no rastro de um anúncio em que a companhia declarou que aceleraria seu crescimento de forma inorgânica. Aliás, a nova postura também está na conta de uma mudança recente no comando do Bumble, com a chegada da brasileira Lidiane Jones (ex-Slack).

“Certamente há muitas empresas de tecnologia interessantes em todo o setor que estamos constantemente observando, mas imediatamente verificamos se elas realmente se alinham e aceleram com nossa missão de longo prazo aqui”, disse Lidiane, na call de resultados do primeiro trimestre do ano, realizada no começo do mês.

Mercado de relacionamentos

Fundada em Nova York em 2019, a Geneva usa seu algoritmo para reunir pessoas com interesses semelhantes dentro de uma determinada área, um facilitador para a criação de clubes de corrida, parceiros de bebedeira ou diversas outras atividades sociais. Com esta proposta, a socialtech captou cerca de US$ 36 milhões de investidores conhecidos como a Coatue, os fundadores do Instagram Mike Krieger e Kevin Systrom, Michael Moritz (ex-Sequoia) e o cofundador do Patreon, Jack Conte.

Por sua vez, o Bumble relatou recentemente um primeiro trimestre forte, superando as expectativas médias dos analistas em termos de lucro e receita. A empresa reportou lucro líquido de 19 centavos de dólar por ação e receita de US$ 267,8 milhões no trimestre. Os analistas estimaram lucro de 7 centavos por ação e receita de US$ 265,5 milhões.

Já a Match Group, controladora do Tinder e OkCupid espera um segundo trimestre abaixo das estimativas de Wall Street, à medida que as pessoas reduzem os gastos em aplicativos de namoro. Com isso, asações da empresa caíram mais de 4% na última semana.