A Alphabet, controladora do Google, alcançou nesta segunda-feira (15) um valor de mercado de US$ 3 trilhões pela primeira vez. O marco foi impulsionado pela valorização das ações, em meio ao otimismo com inteligência artificial e a uma vitória em processo antitruste nos Estados Unidos.
Segundo a Reuters, os papéis Classe A subiram 3,6%, para US$ 249,1, enquanto os Classe C avançaram 3,4%, para US$ 249,5. No acumulado de 2025, já somam alta superior a 32%, o melhor desempenho entre as chamadas “Magnificent 7” – grupo que reúne as sete big techs mais influentes do mercado norte-americano – e bem acima da valorização de 12,5% do índice S&P 500 no mesmo período.
Com o resultado, a Alphabet passa a integrar o grupo restrito de empresas que atingiram a marca dos US$ 3 trilhões, ao lado de Apple e Microsoft. A Nvidia, companhia mais valiosa do mundo, segue na liderança, avaliada em US$ 4,25 trilhões.
O avanço recente foi favorecido por uma decisão judicial que manteve sob controle da Alphabet ativos estratégicos, como o navegador Chrome e o sistema Android. Embora a corte tenha exigido o compartilhamento de dados – medida que pode beneficiar concorrentes no mercado de anúncios digitais -, afastou o risco de uma cisão dessas plataformas, consideradas essenciais para o negócio.
Outro ponto que agradou investidores foi o desempenho da divisão de nuvem, que registrou alta de quase 32% na receita do segundo trimestre, superando expectativas. O crescimento foi atribuído aos investimentos em chips próprios e ao modelo de inteligência artificial Gemini.
Apesar de a busca continuar sendo a principal fonte de receita, analistas destacam que produtos como YouTube e Waymo reforçam a estratégia de diversificação. Atualmente, as ações da companhia são negociadas a cerca de 23 vezes o lucro projetado, em linha com a média dos últimos cinco anos e abaixo do múltiplo registrado pelas demais integrantes do grupo “Magnificent 7”.