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Após 1 ano, iFood Pago supera meta de receita e aposta em crédito com IA

"Banco dos restaurantes" alcançou R$ 1,6 bilhão em receita este ano, oferecendo crédito a estabelecimentos que não conseguiam no mercado

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Thomas Barth, COO do iFood Pago | Foto: Divulgação
Thomas Barth, COO do iFood Pago | Foto: Divulgação

Com apenas um ano desde seu lançamento oficial, o iFood Pago já se consolidou como uma das principais apostas do iFood para fortalecer seu ecossistema além do delivery. Criada com o objetivo de ser o “banco dos restaurantes”, a fintech oferece serviços financeiros como concessão de crédito, maquininhas de pagamento e gestão de caixa, e tem como meta se tornar o principal hub de gestão dos restaurantes brasileiros.

Inicialmente, a expectativa do iFood Pago era alcançar R$ 1 bilhão em receita até março de 2025. O objetivo foi superado antes do prazo: o negócio atingiu a meta no fim de 2024 e já alcançou a marca de R$ 1,6 bilhão em receita este ano.

“Subestimamos o potencial de adoção do nosso tap on phone e a penetração da Maquinona. Além disso, conseguimos acelerar concessões de crédito num cenário em que os bancos estavam retraindo”, afirma Thomas Barth, COO do iFood Pago.

Segundo o executivo, cerca de 70% das linhas concedidas pelo iFood Pago são destinadas a restaurantes que tiveram solicitações de crédito negadas em instituições financeiras tradicionais. O segredo do iFood Pago para oferecer crédito a esses estabelecimentos, a uma taxa mais baixa de inadimplência, está no uso de IA e na sua própria base de dados.

Thomas destaca que a taxa média de inadimplência no mercado hoje está na casa dos 25%, enquanto no iFood Pago a média é “single digit”.

“Diferentemente dos bancos, que são baseados em negativação, a gente usa IA para medir a capacidade operacional dos restaurantes, além de fazermos um uso intensivo de dados. A avaliação dos usuários na plataforma, por exemplo, é um dos critérios, assim como número dos pedidos em atraso. Se você é um bom operador de restaurante e as pessoas veem valor no que você entrega, você vai ser capaz de me pagar e de expandir o seu negócio”, aponta o COO, explicando que isso garante uma maior assertividade na concessão de crédito.

Durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (26) para divulgar os resultados de iFood Pago após um ano de operação da modalidade, Thomas também disse que as taxas de juros cobradas pela plataforma são, em média, mais baixas que as do mercado. Isso faz parte de uma estratégia do iFood para se consolidar como uma plataforma completa para os restaurantes, acompanhando essas empresas ao longo da sua história, gerando fidelização.

Até o momento, o iFood Pago já concedeu R$ 2 bilhões em crédito para cerca de 40 mil empreendedores em todo o Brasil. Atualmente, a plataforma possui mais de 175 mil contas ativas.

Como parte da estratégia para se tornar o “banco dos restaurantes” e ser o provedor de gestão financeira para esses estabelecimentos, o iFood Pago tem lançado produtos como o Meu Caixa, uma plataforma que ajuda os donos de restaurantes a controlar seu fluxo de caixa de forma intuitiva e gratuita.

A Maquinona, lançada em São Paulo, já expandiu para Goiânia, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro e Brasília, com previsão de alcançar mais de 4 mil restaurantes em todo o Brasil até março de 2026. A máquina de cartões recebe pagamentos de maneira integrada com o delivery do iFood e usa a inteligência artificial para ajudar os empreendedores a fazerem campanhas de marketing para captar e fidelizar clientes – tanto no app, quanto no salão.