O supermercado online Shopper está estruturando sua estratégia M&A e pretende fazer a primeira aquisição ainda este ano. A transação será apoiada pelos últimos aportes da companhia, que recebeu R$ 290 milhões em investimentos em 2021 da gestora Quartz, a empresa de alimentos Minerva Foods, o fundo soberano de Cingapura GIC, entre outros.
Em dezembro, o Startups adiantou que a companhia iria buscar aquisições em áreas ligadas a diferentes áreas, como logística e operações. Embora o detalhes não estivessem definidos, o cofundador e presidente da Shopper, Fábio Rodas, afirmou que a única área que estava descartada da estratégia era a de fintechs, já que, segundo o executivo, o segmento não tinha muito a ver com o negócio.
Em entrevista ao Estadão, ele disse que a 1ª compra da Shopper será uma empresa de software. O objetivo é apoiar o desenvolvimento dos sistemas da companhia, que atuam em diversas áreas como previsão de demanda e roteirização das entregas. A Shopper diz ainda não ter o nome da primeira adquirida, mas estar em conversas com alguns nomes com entre 50 e 150 programadores. A companhia não descarta adquirir empresas concorrentes e afirma olhar para a base de clientes e o time ou processos.
Segundo Fábio Rodas, a companhia está mais criteriosa para operaçes, tendo em vista o atual momento econômico no Brasil e no mundo. O executivo disse ao Estadão que a Shopper “quase não precisou fazer ajustes” e segue com as contratações previstas e previsões de crescimento. No entanto, Fábio reconhece que a competição no setor aumentou – hoje a Shopper concorre com startups como Zipp, Daki, Merqueo e NOW e diz que o diferencial da startup está no investimento em tecnologia.
Fábio disse que a Shopper cresce em um porcentual constante ano a ano, entre 150% a 200%. Depois dos aportes em 2021, a companhia afirmou estar próxima do status de unicórnio, embora não revele seu valor atual.