Negócios

Após prejuízo, Pix Force aterrissa nos EUA para crescer

Startup de IA e visão computacional sofreu com enchente em Porto Alegre, mas vive um 2024 de expansão e mira nova rodada

MVP Pix Force. Foto: Startups
MVP Pix Force. Foto: Startups

Até maio deste ano, parecia que pouco poderia dar errado para a Pix Force. A startup gaúcha de visão computacional e inteligência artificial estava se destacando no cenário nacional, ganhando prêmios e reconhecimento do mercado e de grandes empresas, crescendo a um ritmo de 80% ao ano. Contudo, em maio veio o baque: sediada em Porto Alegre, a empresa sofreu em cheio os efeitos das enchentes em Porto Alegre.

Sediada no Instituto Caldeira, a sala da companhia ficou totalmente submersa, e a maioria de seus equipamentos – servidores, sensores, drones – foram atingidos pela água, o que obrigou Daniel e outros colegas a fazerem uma força-tarefa ainda com o hub submerso, para tentar resgatar e reaver parte do hardware.

“A gente fez uma operação resgate. Eu moro no Rio, peguei meu carro, fui pra lá pra tentar entrar de alguma forma. A água estava no peito, mas como a gente tinha muita coisa, a gente sabia que cada dia a situação ia piorando, né? Então cada dia você tem mais chance de ter uma corrosão maior, de ter um dano maior no equipamento. Vou dizer que pelo menos uns 30% a gente conseguiu recuperar e a gente ficou muito satisfeito porque a gente estava dando quase tudo como perdido”, pontuou Daniel, convidado do episódio do MVP desta semana.

Entretanto, o baque momentâneo não tirou o foco da companhia, que está agora iniciando um passo importante na sua estratégia de expansão. A companhia anunciou este mês a sua chegada oficial no mercado norte-americano, abrindo um escritório em Houston, no Texas, no hub Green Town Labs.

“Hoje a gente está muito focado no setor de energia. Então, tanto as novas energias, como o setor elétrico e o óleo e gás. Então, Houston é essa capital da energia. Parecido um pouco com o Rio, dada as suas devidas proporções”, destaca o executivo.

Além disso, a empresa está participando do programa de aceleração do Oxygea Labs – ou jornada de investimentos, como eles gostam de dizer – que já prevê um investimento de R$ 2 milhões por parte do CVC e servirá como base de uma rodada mais robusta que a deep tech pretende levantar nos próximos meses.

“A gente está buscando (a rodada), mas o termo depende do país que você está. No Brasil seria quase basicamente uma série A. Nos Estados Unidos seria um seed, late seed. Então a gente vai precisar ter outros fundos. Esse valor da Oxygea é o início. Mas para essa rodada a gente busca ter outros fundos compondo essa rodada, e a gente quer completar isso até o fim do ano.

Para saber mais sobre o 2024 “maluco” que a Pix Force teve até agora, e sobre os planos futuros que a companhia tem, tanto no mercado local quanto internacional, confira na íntegra o novo episódio do podcast MVP, com Daniel Moura. Disponível em nossos canais do YouTube e Spotify, é só escolher sua plataforma de preferência e clicar em um dos links abaixo.