Criada para descomplicar o consumo de vinhos e movimentar a cadeia de pequenos produtores brasileiros, a Artse alcançou marcos importantes no último ano. A startup de vinhos em lata fechou uma parceria com a Vitivinícola Jolimont, lançou novas linhas de produtos e registrou venda anual de mais de 30 mil latas. Agora, a empresa se prepara para acelerar o crescimento ao longo de 2025, a começar pela expansão do portfólio.
“O vinho brasileiro ainda não é tão valorizado quanto os estrangeiros”, afirma Jaqueline Barsi, fundadora e CEO da Artse. Ex-executiva de marketing da Ambev e da Stone, ela lançou a Artse em 2021 após passar uma temporada no Rio Grande do Sul em contato com produtores locais. “Me formei como sommelier e decidi fazer a curadoria de vinícolas independentes do RS e do Vale São Francisco, para levar o vinho brasileiro ao restante do país”, conta.
A estratégia foi apostar em vinhos brasileiros em lata – uma tendência já consolidada no mercado de cervejas, mas menos explorada em outras categorias de bebidas alcoólicas. “A lata tem algumas vantagens em relação à garrafa. É muito mais prática, não exige taça nem saca-rolhas e vem na medida ideal para uma porção individual. Além disso, proporciona uma experiência mais descontraída, substituindo a formalidade pela diversão do momento, ampliando o acesso ao vinho em diferentes ambientes e ocasiões”, explica Jacqueline.
A proposta atraiu a chef Izabela Dolabela e a cantora Claudia Leitte, que se tornaram sócias da Artse ao lado de Jacqueline. Juntas, elas buscam quebrar as formalidades do consumo de vinho, apostando na produção de rótulos de qualidade em lata. “O vinho não precisa ser caro nem inacessível. Da mesma forma, bebidas em lata não precisam ter qualidade inferior. A ideia da Artse é unir praticidade e inovação na embalagem, sem abrir mão da excelência do produto”, destaca a CEO.
Em clima de Carnaval
Cerca de 75% do faturamento da Artse vem do mercado B2B, especialmente de hotéis, empórios premium, lojas de conveniência e bares de vinho. “Queremos explorar ainda mais os canais que já vêm dando certo ao longo de 2025”, afirma Jacqueline.
O faturamento da startup saltou de R$ 200 mil no primeiro ano de operação para mais de R$ 700 mil em 2024. A CEO atrela esse crescimento à parceria com a Jolimont, vitivinícola gaúcha com mais de 75 anos de história e mais de + 120 premiações nacionais e internacionais.
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“Vendemos 30 mil latas em 2024, sendo que 50% desse volume veio da linha de espumantes desenvolvida em parceria com a Jolimont. Além disso, ampliamos nossa base de clientes, que antes se concentrava em São Paulo, Norte e Nordeste, alcançando também o Rio Grande do Sul”, afirma a Jacqueline.
Segundo Wagner Manetti Motta, CEO da vitivinícola Jolimont, as marcas compartilham o propósito de democratizar o consumo de vinhos no Brasil. “Parcerias fazem toda a diferença, pois nos permitem unir forças, ampliar o alcance, captar novos clientes e tornar a marca ainda mais conhecida”, destaca.
Em 2025, a parceria entre as marcas evoluiu com o lançamento do novo Espumante Moscatel Rosé e da versão em lata do Espumante Moscatel Branco, o rótulo mais vendido do portfólio da Jolimont, que agora chega ao mercado em latas de 269 mL, ampliando as opções de consumo. Além disso, a startup lançou uma edição limitada da latinha colecionável da Artse Vinhos, com apenas 2 mil unidades disponíveis nos sites de ambas as empresas.
As novidades chegam a tempo do Carnaval, reforçando a proposta de diversão, praticidade e descontração que a Artse busca proporcionar aos consumidores.
De acordo com Jacqueline, um dos focos da startup para 2025 é expandir o portfólio e estudar o comportamento do consumidor a partir dos lançamentos, a fim de entender suas demandas e preferências. Nesse cenário, a Artse decidiu lançar seu primeiro rótulo em garrafa, também em parceria com a Jolimont.
