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B3 compra 62% da Shipay para se posicionar como infra de crédito

O acordo estabelece a possibilidade de a B3 adquirir o percentual remanescente da Shipay até 2030, condicionado ao atingimento de metas

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B3. Foto: Divulgação/B3
B3. Foto: Divulgação/B3

A B3 anunciou nesta terça-feira (26) a aquisição de 62% do capital social da Shipay, startup de meios de pagamento, por R$ 37 milhões. O acordo também estabelece a possibilidade de a B3 adquirir o percentual remanescente até 2030, mediante exercício de opção de compra, condicionado ao atingimento de metas específicas.

A Shipay já tinha parceria com a B3 para o desenvolvimento de tecnologias de pagamentos. Em comunicado enviado ao mercado, a B3 – que tem buscado cada vez mais ir além do mercado de ações – informou que a operação reforça o posicionamento da instituição como infraestrutura na jornada de crédito, especialmente no mercado de registro de duplicatas escriturais.

Fundada em 2020, a startup oferece soluções para sistemas de frente de caixa, e-commerce, apps, SmartPos, WhatsApp, ERP e contas a pagar.

Entre seus sócios fundadores estão Luiz Coimbra (ex-Itaú Unibanco) e Charles Hagler (ex-diretor da Embraer e da TOTVS). No final de 2020, a Shipay recebeu aporte de valor não divulgado de Laércio Cosentino, fundador da TOTVS, e por João Augusto Valente, sócio-fundador do Grupo ABC de Comunicação.

Em seu blog, a Shipay afirma que as duplicatas escriturais, ainda em regulação no Brasil, “promete transformar profundamente o acesso ao crédito” no país. Hoje, esse título é emitido em papel e exige um processo manual que envolve impressão, autenticação, transporte e armazenamento físico.

Já autorizado pelo Banco Central, o modelo eletrônico de duplicatas deve começar a valer em 2026 e vai permitir que o título será emitido, registrado e controlado digitalmente por meio de sistemas conectados a registradoras autorizadas.