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BHub aproveita boa onda e levanta mais R$ 115 milhões

Rodada foi liderada por monashees e Valor Capital, com participação de QED, Picus Capital e ClocktowerVC, que já tinha investido no seed

burocracia
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Parece dia da marmota, mas é mais uma empresa anunciando uma nova rodada poucos meses depois da anterior. A BHub, do Jorge Vargas Neto, fechou uma série A de R$ 115 milhões.

A captação foi liderada pela monashees e pela Valor Capital, que já tinham liderado o aporte anterior, e contou com a participação da QED, Picus Capital e ClocktowerVC, que também entrou no seed.

Segundo Jorge, com o anúncio da rodada seed em setembro, a companhia recebeu muita procura do mercado, mas como a ideia foi fechar rápido a captação, acabou ficando tudo dentro de casa mesmo. Segundo o fundador, os investidores gostaram do que a companhia conseguiu em apenas 3 meses de operação, por isso dobraram a aposta.

Desde que abriu a conta da BHub no Itaú BBA em agosto, que foi o marco do início da operação, a startup conquistou 134 clientes para seu serviço de terceirização de atividades como jurídico e financeiro para pequenas e médias empresas. Na lista estão muitas startups early stage, como a a Rango sem Fila, de Brasília, e outras de porte um pouco mais avançado como Kovi, Do Lado e Clara. Segundo Jorge, tem havido uma demanda grande por parte de vendedores de marketplaces, que têm muitos aspectos burocráticos em suas operações. O segmento já havia sido mapeado como interessante pela BHub, mas a expectativa era explorá-lo só mais adiante.

Até o fim do ano o objetivo é ter entre 300 e 500 clientes e ampliar o número para 2 mil a 3 mil no fechamento de 2022. A principal fonte de atração de nomes tem sido a indicação. A companhia inclusive criou um programa de member get member com uma recompensa de R$ 1 mil para quem trouxer um novo cliente.   

A operação, que em setembro tinha 21 pessoas, mas que dobrou de tamanho, chegando a 50. Para os próximos 12 meses estão previstas por volta de 100 contratações. Entre os nomes que se juntaram à operação está Vanessa Muglia. A advogada, que ajudou a estrutura a operação da Civi, chegou para tocar a vertical de serviços jurídicos.

A BHub oferece 4 pacotes de gestão como serviço com preços que variam de R$ 1.199,00 a R$ 2.599,00. O mais caro, e também o mais completo, inclui contabilidade, financeiro e jurídico com atendimento 24 horas. Em todos os planos, o tempo máximo de resposta para uma demanda é de 5 minutos.

Uma 5ª oferta, chamada de StartUp pack, que custa R$ 1.299,00, inclui 5 serviços específicos para quem está começando um novo negócio, com abertura de CNPJ, criação de contrato social e registro de marca. “Não somos uma consultoria. Somos uma empresa de tecnologia que presta serviços”, garante Jorge.

A BHub junta o que muitas empresas e prestadores de serviço têm oferecido de forma separada. A Sinpase, por exemplo, atua no formato de CFO como serviço.

Segundo Jorge, apesar dos esperados gastos iniciais para deixar o negócio rodando, o desempenho econômico por cliente tem sido positivo por conta do investimento pesado na automação de processos. A operação também foi dividida em células, que atendem de 30 a 35 clientes.  

“Essa é a vantagem de fazer um negócio pela 3ª vez. você comete menos erros, tem mais clareza do que quer fazer e como chegar”, diz Jorge, relembrando suas experiências com a Biva (vendida para o PagSeguro) e a ZenFinance (incorporada pelo Rappi).