
A Nvidia se tornou, nesta quarta-feira (29), a primeira empresa do mundo a alcançar US$ 5 trilhões em valor de mercado, marcando um momento histórico em Wall Street. O feito impulsionou os principais índices norte-americanos: pela manhã, Nasdaq subiu 0,66%, o S&P 500 avançou 0,24% e o Dow Jones teve alta de 0,25%.
O avanço das ações da companhia, que chegaram a subir mais de 4% no pregão desta quarta-feira, reflete o entusiasmo dos investidores diante da posição dominante da Nvidia no setor de chips e do seu grande papel no crescimento da inteligência artificial, já que seus processadores são usados para treinar e operar modelos avançados.
O salto recente veio após o CEO Jensen Huang anunciar que a Nvidia espera alcançar US$ 500 bilhões em encomendas de chips de IA e planos para construir sete supercomputadores para o governo dos Estados Unidos. Além disso, a “gigante dos chips” revelou a aquisição de uma participação de US$ 1 bilhão na Nokia, em uma parceria estratégica para o desenvolvimento da tecnologia 6G.
Por volta das 14h45, os papéis da Nvidia eram negociados com alta de quase 3%, a US$ 206,98 na bolsa de Nasdaq.
Nvidia e suas sequências históricas
Essa não é a primeira vez que a Nvidia surpreende o mercado com um feito inédito. Em julho deste ano, a fabricante de chips já havia se tornado a primeira empresa a atingir US$ 4 trilhões em valor de mercado, impulsionada pelo crescente interesse global em tecnologias de inteligência artificial.
A empresa ainda chegou a atingir a marca de US$ 1 trilhão em junho de 2023 e, em pouco mais de um ano, triplicou seu valor, superando a velocidade de ascensão de outras gigantes como Apple e Microsoft.
A Nvidia divulga seu balanço do terceiro trimestre de 2025 no dia 18 de novembro. No relatório do segundo trimestre, a companhia reportou resultados positivos na receita, que aumentou 55,6% ao ao para US$ 46,7 bilhões, acima do que era esperado pelo mercado (US$ 46,23 bi).
“Apesar de não superar as estimativas, o segmento de Data Centers apresentou crescimento +56,4% A/A, impulsionado pela forte demanda pela plataforma de computação acelerada da companhia, usada para LLMs e aplicação de AI generativas”, escreveu a XP em relatório.
No 2T25, a companhia retornou US$ 10 bilhões aos investidores através de US$ 9,7 bilhões em recompra de ações de US$ 244 milhões em dividendos.