Recriar a forma como as empresas contratam e transformar a experiência do usuário nos processos seletivos. Esse é o propósito da mais nova HRTech do pedaço, a Bluy. A startup é um spin-off da Companhia de Estágios, consultoria e assessoria especializada em programas de estágio e trainee, e nasce de um investimento de R$ 4 milhões aportado por seus 3 cofundadores Hugo Rebelo, Rafael Pinheiro e Tiago Mavichian, e a sócia e também CEO, Carolina Madureira.
Na prática, enquanto a Cia de Estágios oferece serviços de consultoria, a Bluy é um produto, um SaaS que dá autonomia e agilidade para o cliente abrir seu processo seletivo. A startup vai atuar de forma totalmente independente, mas aproveitou a base de candidatos construída ao longo dos 16 anos de vida de sua empresa-mãe para oferecer um banco de talentos pomposo: são mais de 1,6 milhão de candidatos, de diferentes regiões do Brasil. Segundo a CEO, essa é uma das apostas para se diferenciar da concorrência.
“A ideia era ter uma abrangência muito maior que a Cia de Estágios, atendendo empresas de todos os portes e oferecendo vagas corporativas (analistas, CEOs, CFOs, etc). A Bluy surgiu mirando o equilíbrio do atendimento com excelência tanto para as empresas que recrutam, quanto para os candidatos que buscam agilidade e retorno sobre as posições disponíveis”, afirmou Carolina em conversa com o Startups.
Para cumprir com a entrega de soluções práticas e efetivas, a startup montou um time de 14 pessoas, no qual mais da metade são da área de tecnologia. Sem revelar projeções de faturamento, Carolina apenas comentou que a Bluy tem a expectativa de abrir mais de 3 mil vagas de emprego em 2023 e atingir o break even em 1 ano.
Recursos da plataforma
A plataforma da Bluy oferece um sistema inteligente com mais de 40 filtros, que permitem que empresas de todos os portes criem suas vagas em até 3 minutos e encontrem o talento certo, no momento certo. É possível, por exemplo, buscar candidatos pelas suas habilidades, áreas de interesse, modalidade de trabalho e pretensão salarial.
Além dos filtros, a plataforma possui recursos que reduzem vieses nos processos seletivos, como o currículo oculto, possibilitando que os gestores encontrem a pessoa ideal pelo perfil comportamental e experiências profissionais, garantindo maior diversidade nas contratações.
Os planos de assinatura do software são precificados de acordo com o tamanho da empresa e a quantidade de vagas. Ainda de acordo com Carolina, o ticket médio da mensalidade é de R$ 2,5 mil. Em uma primeira fase, a Bluy atuará com vagas corporativas, mas já tem no radar trabalhar também com vagas operacionais.
Para a Bluy, a cereja do bolo, futuramente, é se tornar uma plataforma completa para o RH como um todo, percorrendo toda a jornada do colaborador. “Queremos adicionar mais módulos como o de admissão, a parte burocrática de documentação, exame médico, etc, que perpassam toda a jornada do colaborador dentro de uma empresa”, disse Carolina.
Com alguns investidores já demonstrando interesse no modelo de negócio da startup, não deve demorar muito para um primeiro aporte acelerar a concretização dos próximos passos e o crescimento da Bluy.