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Bossanova entra no equity crowdfunding com aquisição da Platta

Plano da gestora é entregar um crowdfunding cujas ofertas já vêm com o selo Bossanova, convidando investidores a entrar junto

Duas mãos com bonequinhos azul e moedas de dinheiro - Startups
Crédito: Canva

A Bossanova Investimentos também quer a sua boquinha no crescente mercado de equity crowdfunding. Para isso, acabou de anunciar a aquisição da Platta, plataforma de financiamento coletivo que fechou 2021 como a 9ª de maior volume de captação no país.

Com a aquisição, fechada ainda em setembro por um valor não divulgado, o plano é entregar ao mercado um crowdfunding cujas ofertas já vêm com o selo Bossanova.  A gestora vai investir nas startups ofertadas independentemente do desempenho na plataforma — o que dará oportunidade do investidor menor, que tenha a partir de R$ 1 mil de aplicação, a participar junto com a Bossanova daquela rodada de investimento.

“Estamos separando uma parcela do nosso cheque para as pessoas se beneficiarem desse modelo. Hoje, co-investimos muitas vezes junto a outros fundos e VCs, porque a startup precisa completar o cheque da rodada. Com o formato de mini IPO, encurtaremos esse caminho de captação”, complementa. explica João Kepler, CEO e fundador da Bossanova, em comunicado à imprensa.

Segundo a gestora, o movimento conversa com o principal objetivo da marca, que é criar um ecossistema em que o principal objetivo é fomentar o empreendedorismo e o investimento em tecnologia, democratizando o investimento em startups no Brasil. Para isso, o plano da Bossanova é entregar na plataforma acesso a conteúdos educativos e curadoria de investimentos.

“Compramos a Platta por acreditar que o crowdfunding, principalmente após a nova regulamentação, é uma ferramenta incrível de conexão entre eles. Acrescenta uma camada de educação que os investidores brasileiros ainda precisam para terem mais segurança e conhecimentos ao fazerem suas decisões”, conta João Kepler.

No comunicado sobre a nova aquisição, a Bossanova não deu detalhes se a plataforma da Platta incluirá uma das principais mudanças trazidas pela nova regulamentação da CVM, lançada em julho passado, que prevê a criação de um mercado para a negociação secundária de participações compradas nestas plataformas.

Contudo, a expectativa é que o volume e tamanho destas ofertas públicas aumentem no futuro – e a gestora está de olho nisso. Com cerca de 56 rodadas criadas desde a sua fundação, em 2021 a Platta levantou cerca de R$ 2,3 milhões em aportes, com 170 investidores.

“A mudança da CVM destravou amarras para o crescimento do setor, mas vimos que, assim como surgia um cenário de maiores oportunidades, também haveria maiores desafios. Isso exigiria um maior investimento no negócio e a dedicação integral por parte dos sócios para a construção de um ecossistema próprio, em um curto espaço de tempo”, conta Ricardo Moraes Filho, CEO e principal acionista da Platta.