O BTG é o mais novo concorrente do mundo das contas digitais.
O banco apresentou hoje a BTG+, voltada para pessoas físicas e empresas de micro, pequeno e médio portes. O anúncio era aguardado desde o começo do passado quando Amos Genish, fundador da GVT, se juntou ao banco para liderar sua unidade digital.
De acordo com Roberto Sallouti, a expectativa é que o BTG+ gere receita e seja lucrativo em um prazo de dois a três anos. “Em cinco anos, termos metade da receita e do resultado [do BTG como um todo] não é um sonho. Mas também não é uma meta”, disse Sallouti durante evento virtual com jornalistas hoje pela manhã.
O BTG não divulga o resultado de suas iniciativas digitais separadamente. A ideia é que mais informações sobre o desempenho dessa operação sejam apresentadas no balanço do 4º trimestre no começo de 2021.
BTG+
A conta corrente para pessoas físicas do BTG+ (com cartão de crédito e todas as funções de uma conta convencional) já está sendo oferecida aos clientes do BTG Pactual Digital, o aplicativo de investimentos do banco. Quem ainda não tem uma conta pode entrar na fila de espera. A ideia é que a disponibilidade integral aconteça no começo de 2021. Por enquanto, os dois aplicativos do banco vão existir forma separada, mas com integrações de suas funcionalidades, segundo Sallouti. “Vamos analisar se vale a pena unir depois”, disse.
Para atrair seduzir os clientes o BTG criou um programa de fidelidade que pode ser adaptado às necessidades do cliente eu um recurso batizado de Invest+. A proposta é que parte dos pontos acumulados sejam revertidos para um fundo de investimento administrado pelo banco, com rendimento diário.
BTG+ Business
No lado das empresas, BTG quer cortejas as pequenas empresas explorando o atendimento ruim que esse público tem nos bancos tradicionais. As ofertas começam com crédito e serão ampliadas para outras demandas desse público a partir do começo de 2021.
Perguntado pelo Startups sobre o fato de o BTG não ter costume de lidar com esse tipo de público, Rogério Stallone, responsável por crédito corporativo no BTG Pactual e co-head do BTG+ Business, disse que a companhia se estruturou hoje tem condições de oferecer isso de forma competitiva e com capilaridade. Segundo ele, já são mais de 5 mil clientes e quase R$ 5 bilhões em créditos concedidos desde que a atuação nesse segmento começou a ser estruturada, há 18 meses.
Startups
Perguntado sobre os investimentos do BTG em startups, Genish disse que o banco tem olhado para as companhias de forma mais estratégica e já fez investimento em 7 dentro do boostLab. O programa criado há dois anos na linha do relacionamento com empresas iniciantes tomou, mais recentemente, uma cara mais de corporate venture. “Estamos mais avançados que outros concorrentes no momento”, disse Genish, fazendo referência às iniciativas pela XP há duas semanas. De acordo com o executivo o BTG está aberto a fazer aquisições que possam ajudar suas áreas de negócios a ganhar velocidade no lançamento de produtos e serviços. “Estamos atentos a oportunidades”, disse.