A Entourage, biotech especializada no uso de canabidiol para tratamento de saúde e bem-estar, anuncia o lançamento de seus medicamentos à base de cannabis no mercado – os primeiros do gênero 100% nacionais, da concepção à distribuição – após oito anos de pesquisa e desenvolvimento. A empresa é uma das únicas farmacêuticas do mundo que realizou pesquisa clínica para comprovação dos benefícios das suas formulações proprietárias no Brasil.
Fundada em 2015 pelo advogado Caio Abreu, a Entourage conta com um time de farmacêuticos, cientistas e agrônomos responsáveis pelo desenvolvimento de sua formulação proprietária Fusionner, pioneira no país e principal aposta da startup para deslanchar nesse mercado. Graças a ela, os pacientes se beneficiam do Efeito Entourage, que aproveita a sinergia entre os diversos compostos da cannabis, oferecendo um tratamento integrativo, com resultados duradouros.
A tecnologia utiliza emulsões para transportar canabinoides diretamente para a corrente sanguínea, o que permite uma absorção 53% maior e mais rápida do canabidiol (com início dos efeitos em 15 minutos) em comparação com outros disponíveis no mercado. Além disso, ela é solúvel em água e autoemulsificante, o que faz com que seja metabolizada principalmente pelo sistema linfático, não sobrecarregando o fígado.
Enquanto outras empresas vendem produtos isolando o canabidiol (CBD) — ou seja, jogando fora todos as outras moléculas presentes na planta e deixando apenas o CBD — a Entourage usa em seus remédios o extrato bruto (que contém o CBD, o THC e mais de 100 outros canabinóides e 300 substâncias).
Momento de escalar
Para dedicar os últimos oito anos às pesquisas e estudos científicos com seres humanos saudáveis, a Entourage contou com o apoio de R$ 22 milhões de sócios e investidores-anjo. Agora, com seus primeiros óleos de canabidiol no mercado, a biotech quer validar a eficácia e superioridade de seus produtos no mercado para começar a escalar.
“O momento é de arrumar a casa, colocar esses produtos em circulação e fazer outros lançamentos ainda este ano, para daí sim buscarmos uma captação maior em 2025 ou 2026, onde a gente possa inclusive fazer mais de um estudo clínico com diferentes formulações”, afirma Caio em conversa com o Startups. Segundo ele, o estudo clínico fase 2 que gostaria de fazer custa em torno de R$ 15 milhões.
A projeção do fundador e CEO é de faturar próximo a R$ 1 milhão este ano com a venda dos medicamentos no Brasil e também nos EUA. “Temos isso como meta, mas estamos bem no começo e a e a curva de adoção desse tipo de produto no Brasil ainda é complexa”, pondera o empreendedor.
Os produtos, com preços a partir de R$ 599, podem ser utilizados no tratamento para doenças inflamatórias crônicas e outras doenças graves, além de casos mais leves como estresse, desconfortos, distúrbios do sono, cólicas, dores musculares, articulares, abdominais e enxaquecas.