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Capri Venture vai ajudar 30 startups brasileiras do mundo pet a decolarem

Corporate Venture Builder quer apoiar empresas inovadoras para que em até 5 anos já estejam seguindo para a série B

Capri Venture vai ajudar 30 startups brasileiras do mundo pet a decolarem

Há poucos meses, o ecossistema de startups brasileiro ganhou a primeira Corporate Venture Builder do Brasil focada em negócios do mercado pet: a Capri Venture Builder. A “fábrica de startups” chegou ao mercado a partir da parceria entre a Anilhas Capri, de identificação de animais silvestres, e a FCJ Venture Builder, multinacional referência em venture building na América Latina. 

Quem está por trás do negócio é Alaíde Barbosa, engenheira, administradora e pedagoga com formação em computação, além de mestre, doutora com pós-doutorado, e claro, amante de pet. E sim, dona de uma mente inquieta, ligada nos 220V.

Após anos na presidência de multinacionais, Alaíde decidiu mergulhar no mundo das startups em 2019, quando fundou a edtech Saber em Rede, a qual promove conexões entre instituições de ensino do país e pessoas interessadas em vender cursos. Após vivenciar uma trajetória de sucesso na edtech, incluindo a captação de R$ 2,2 milhões, a empresária quis trilhar novos caminhos e atuar apenas como conselheira na startup.

Foi então que, no fim do ano passado decidiu passar para o outro lado da mesa para apoiar outras startups na nada fácil missão de se estabelecerem no mercado e crescerem. Alaíde uniu o empreendedorismo e o mundo pet para trabalhar com o que ama e lançou, em março/22, a Capri Venture Builder

Alaíde Barbosa, fundadora da Capri Venture Builder

De olho no mercado pet

A escolha de investir em startups do mercado pet faz total sentido considerando o potencial de crescimento do segmento. Em 2021, o faturamento do setor chegou a R$ 51,7 bilhões em todo o país — sendo que o segmento de pet food representou 55% do total — segundo levantamento do Instituto Pet Brasil (IPB). O crescimento foi de 27% comparado a 2020, em produtos, serviços e comércios no setor. 

“Outros mercados, como o de fintechs, já estão saturados, enquanto o ecossistema pet ainda é incipiente, existe uma grande demanda por serviços e produtos para monitorar as rotinas dos pets e facilitar a vida dos tutores a ser explorada”, afirma Alaíde.

Neste primeiro ano de operação, a Capri Venture Builder tem como meta adicionar ao seu portfólio 7 startups que atuem no mercado pet. A ideia é integrar ao seu portfólio completo 30 startups em diferentes fases de desenvolvimento; da ideação, validação ao crescimento. Nas palavras de Alaíde, “segurar nas mãos dessas startups para a construção do negócio e soltá-las quando estiverem seguindo para a série B”.

No primeiro Investor Day realizado em maio, a Capri já selecionou 2 startups para o seu portfólio: o marketplace mineiro Be Pets, e a santista Pet in Time, cujo aplicativo garante descontos em horários de baixa ocupação em pet shops. Mais 2 empresas serão escolhidas no fim deste mês, no segundo evento do tipo.