Negócios

Casal quer ajudar empresas a aplicar soluções em deep tech

Ex-CTO do Hospital Sírio-Libanês e executiva do mercado financeiro criaram holding que une tecnologia a hub de inovação

Diego Aristides e Priscila Toledo, fundadores da Stellula.co. Foto: Divulgação
Diego Aristides e Priscila Toledo, fundadores da Stellula.co. Foto: Divulgação

Problemas complexos exigem soluções complexas. E, com a humanidade se debruçando sobre desafios cada vez mais difíceis, não é por acaso que a deep tech tenha se tornado o hype do momento para corporações e investidores. Em meio a esse cenário, um casal de executivos do mercado financeiro e de tecnologia decidiram empreender juntos para criar um negócio que ajudasse as companhias a criar e implementar soluções de deep tech em suas operações.

Nasceu assim a Stellula.co, uma holding composta por duas empresas: a Stellula Tecnologia e o hub de inovação The Collab. Casados há 12 anos, os fundadores são Priscila Toledo, especialista em automação e backoffice com mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro, e Diego Aristides, ex-CTO do Hospital Sírio-Libanês, onde criou o hub de inovação Alma.

A Stellula Tecnologia foi fundada há cerca de um ano por Priscila, e oferece soluções avançadas em estratégia digital, inteligência artificial, Realidade Aumentada (AR), Realidade Virtual (VR), biotecnologia e transformação de pesquisa científica em produtos.

Com a formação da Stellula.co e a entrada de Diego, a ideia é atuar como uma espécie de consultoria junto às empresas, identificando quais áreas poderiam ganhar com o deep tech e como os recursos deveriam ser empregados. Os sócios ressaltam, porém, que o conceito de consultoria pode ser limitado demais para o que a holding se propõe a fazer, que envolve a criação de um “playbook estratégico” para a companhia.

“Quando a gente sentou para pensar no que seria a Stellula.co, a primeira coisa que dissemos foi que não seríamos uma consultoria. Está mais para um Trusted Advisor. Nosso modelo chega ao nível de avaliar, por exemplo, startups que podem fazer parcerias com os nossos clientes, algo que está fora do contrato, mas que faz parte desse trabalho de advisor”, explica Diego.

A parceria com startups, inclusive, é uma vertente importante da holding, e ganhará mais força com o lançamento do The Collab em outubro – um hub de inovação em Brasília que tem o objetivo de conectar empresas de regiões fora do eixo Sul e Sudeste. A Stellula tem base em São Paulo e Brasília, mas quer estar próxima de startups das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste também.

“Alguns dos nossos clientes são do setor público, e nós queríamos um hub de inovação que saísse do óbvio. O objetivo é conectar as empresas com a comunidade de startups que está ao seu redor”, diz Diego.

Para Priscila, mais do que ajudar as empresas a tornarem seus negócios mais eficientes, a ideia é que a Stellula.co gere impacto no meio no qual a companhia está inserida, movimentando todo o ecossistema.

“Queremos impulsionar as capacidades humanas, e temos um foco muito grande nas pessoas para que o sucesso venha por meio disso. A tecnologia anda junto”, diz.