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Chiefs.Group abre rodada de R$ 1 mi com sua plataforma de Open Talent

HRTech pretende se tornar o maior ecossistema de executivos da América Latina nos próximos 5 anos

Cristiane Mendes, CEO da Chiefs.Group
Foto: Divulgação

A Chiefs.Group, plataforma de talentos que conecta executivos C-Level de diferentes segmentos para trabalhar sob demanda em empresas, está com uma nova rodada de captação em aberto e prevê obter R$ 1 milhão até junho. O aporte, anunciado com exclusividade ao Startups, se somará aos R$ 3 milhões já recebidos pela startup desde a sua fundação, em 2020.

A rodada é feita por Breno Masi, sócio da Movile (controladora do iFood) com mais de 20 anos de experiência no ecossistema de inovação, e outros executivos cujos nomes ainda são mantidos em segredo. “Temos três investidores, com espaço para mais um que está em negociação. Juntos, eles somam R$ 1 milhão em investimentos”, explica Cristiane Mendes, fundadora e CEO da HRTech. Segundo a executiva, a ideia era trazer mais de um executivo porque, muito mais do que o dinheiro, a empresa busca a experiência dos investidores para alcançar a sua visão.

“O grande objetivo da rodada é acelerar a estratégia go-to-market e o desenvolvimento do produto para que os executivos das empresas tenham um ponto de encontro nas relações flexíveis. Enxergamos a Chiefs.Group como a área de Gente e Pessoas que estará conectada com as companhias, ajudando a trazer os elementos certos nesse ecossistema de talentos para que possam crescer”, diz Cristiane.

Ela destaca que todo o time da Chiefs – incluindo fundadores, executivos e investidores-anjo – possui ampla experiência no mercado e traz expertises fundamentais para alavancar o negócio. “A grande bola da vez é o setor de Recursos Humanos. Decidimos trazer profissionais experientes que já criaram unicórnios e disruptaram mercados para aproveitar o conhecimento que eles formaram ao longo de suas jornadas e sermos os vencedores na batalha de plataforma de talentos na América Latina”, pontua a CEO.

O ecossistema da Chiefs.Group reúne mais de mil profissionais do alto escalão de grandes empresas como Meta, 99, Stone, TIM Brasil, Movile, entre outras, interessados em dedicar parte do seu tempo para colaborar com empresas, startups e projetos pontuais. Além de estruturar a relação e acompanhar todo o processo, a plataforma de Open Talent Economy inovou no setor ao operar em blockchain, prometendo oferecer tratativas automatizadas, com maior transparência e comprovação das relações de trabalho. A startup pretende se tornar o maior ecossistema de executivos da América Latina nos próximos cinco anos.

Próximos passos

Para a fundadora, a chegada dos novos investidores vai ao encontro dos planos de médio prazo de internacionalização da HR Tech. “Nossa visão é ser um player latino-americano. Os executivos da região são super valiosos e empresas estrangeiras querem acessar esses talentos”, explica Cristiane.

Por enquanto, a Chiefs.Group atua unicamente para clientes brasileiros, mas em breve deve começar a estruturar seus planos para internacionalizar o negócio. “Estamos focados no mercado nacional para conquistar clientes e nos consolidar no mercado. Depois, vamos fazer o movimento latino-americano”, diz a executiva.

Ela afirma que os planos de expansão estão relacionados com a estratégia de M&A. Sem dar muitos detalhes, Cristiane afirma uma fusão ou aquisição demanda relacionamento com players próximos para gerar valor de ambos os lados, e que a HRTech já é ativa em construir essas aproximações. No entanto, ela não dá uma previsão de quando o primeiro M&A deve acontecer – pode ser em 2023 ou mais para frente. “Acreditamos que quanto mais forte estivermos na nossa relação com o mercado, mais natural será o M&A”, pontua.

Para 2023, a companhia pretende avançar ainda mais para mercados além das startups. Atualmente, o cliente padrão da Chiefs.Group tem entre 80 e 100 funcionários. “Podemos ampliar esse escopo. As empresas estão experimentando um único executivo sob demanda e depois podem avançar para outros. Acreditamos que projetos com escopo fechado vão bombar cada vez mais, pois é uma forma para que as empresas experimentem a proposta de valor flexível”, diz Cristiane.

Ela ressalta que em um momento de mercado mais desafiador, a necessidade das empresas naturalmente se volta à otimização de custos e geração de receita. “Nesse cenário, soluções on demand são ótimas porque são uma forma simples de inovar, ter rapidez e ser econômico. Ao invés de contratar um executivo várias horas por semana, consegue ter o suprassumo dele por apenas algumas horas semanais”, finaliza.