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Ciberguerra: startup ucraniana oferece US$ 100 mil para quem hackear sites russos

Missão ‘Fuck Hack Russia’, da Cyber Unit Technologies, busca voluntários para ajudar a expor vulnerabilidades da rede russa

Uma máscara de Hacker em frente a tela de um computador com as cores da bandeira russa - Startups

Em resposta aos ataques da Rússia que completam 7 dias nesta quarta, a Ucrânia tem se munido para também enfrentar uma guerra cibernética. Depois de o ministro da Transformação Digital da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, convocar na semana passada voluntários para integrar um ‘Exército de TI’, uma startup de segurança cibernética do país se animou para ajudar na ciberguerra.

A Cyber Unit Technologies, com sede em Kiev, lançou no dia 1º de março o ‘Fuck Hack Russia’. Trata-se de um ‘hackathon’ global com duração de 10 dias, que busca voluntários para ajudar a expor vulnerabilidades da rede russa. Em troca, a empresa oferece uma recompensa de US$ 100 mil, em criptomoeda, aos melhores ataques online realizados contra sites russos.

O responsável pela iniciativa é o cofundador da Cyber Unit, Yegor Aushev. Em entrevista ao The Wall Street Journal, Yegor afirmou que os objetivos imediatos incluem desfigurar sites russos com mensagens anti-guerra ou imagens gráficas de soldados mortos, além de inundá-los com ataques de negação de serviço (DoS). Segundo ele, mais de 500 pessoas – incluindo ucranianos que trabalham no setor de tecnologia do país, bem como voluntários de fora – se apresentaram até agora.

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Toma lá, dá cá

Na última segunda (28) as autoridades ucranianas confirmaram que 10 sites pertencentes aos governos da Rússia e de Belarus foram derrubados. Os domínios do Kremlin, site do governo russo, e do Sberbank, maior banco da Rússia e um dos maiores do mundo, que viu suas ações derreterem nos ultimos dias, são alguns dos atingidos. 

O grupo de hackers Anonymous, que chegou a assumir a autoria de ataques de negação de serviço, disse ter derrubado as páginas da central do governo da Rússia, do Fundo de Pensão da Federação Russa e do Serviço Alfandegário do país. Emissoras de televisão e rádio também foram alvos, incluindo o tvr.by (principal canal de TV de Belarus).

Como trata-se de uma ciberguerra, a Rússia não deixou barato. O país vem orquestrando ataques cibernéticos a serviços e sites ucranianos. Antes da invasão, agências governamentais e bancos da Ucrânia sofreram ataques de DoS, e um novo malware que apaga dados, o HemericWiper, foi detectado em diversos computadores do país. Autoridades ucranianas também são vítimas de uma campanha de phishing vinda de Belarus.