SEMANA DE 26 de ABRIL a 2 de MAIO
RODADAS DE INVESTIMENTO
- Nascida com a proposta de se tornar uma casa de marcas nativas digitais na América Latina, a Merama levantou uma rodada de US$ 160 milhões liderada pela Monashees, Valor Capital e Balderton. A Maya Capital também entrou. A rodada inclui ainda Fabien Mendez, da Loggi, Daniel Scandian, da MadeiraMadeira e Guilherme Bonifacio, do iFood.
- A SoftBank anunciou um investimento de US$ 150 milhões (R$ 822 milhões) na Afya por meio de um título de dívida conversível em ações em um prazo de 5 anos. A companhia (pode chamar de gestora, né?) também vai comprar participações da Crescera – antiga Bozano Investimentos, que montou a tese de criação da Afya – e da família Esteves. Com as movimentações, ela chega a 8,4% do capital do grupo educacional e Paulo Passoni assumirá um assento no conselho. A SoftBank já era acionista da Afya. Ela recebeu ações do grupo em outubro do ano passado ao vender a iClinic – startup da área da saúde na qual ela tinha investido 3 meses antes e que ficou conhecida como o exit mais rápido do venture capital brasileiro.
- A corretora e gestora Warren levantou uma série C de R$ 300 milhões. A rodada chega pouco menos de um ano depois da série B, de R$ 120 milhões, anunciada em julho/20, e traz para a lista de investidores o fundo soberano de Cingapura, o GIC, que liderou o aporte. Também participaram Ribbit Capital, Kaszek, Chromo Invest – investidores desde a série A, de 2019 – QED, Meli Fund e Quartz (veículo de venture capital da família Galló) e WPA, que entraram na série B. A ideia é fechar o ano com 300 mil clientes e R$ 12 bilhões sob gestão.
- A legaltech JusBrasil fechou uma nova rodada que contou com a participação de investidores atuais como Monashees e Funders Fund e a entrada da SoftBank como sócia. O aporte de US$ 32,4 milhões faz parte de uma rodada maior de US$ 38 milhões que a companhia colocou na rua no fim do ano passado. Não há informação sobre os US$ 5,6 milhões restantes.
- A operadora de celular Fluke está com uma rodada de R$ 12 milhões aberta. Deste valor, ela pretende captar R$ 5 milhões pela plataforma de crowdfunding Kria. A oferta foi colocada no ar na segunda-feira (26) e hoje já tem mais de R$ 2,5 milhões comprometidos de 279 investidores. A operadora móvel virtual criada em 2020 levantou R$ 2 milhões para iniciar suas operações. A companhia tem 28 funcionários e alcançou no ano passado cerca de 5 mil clientes e receita de R$ 300 mil. Para 2021 a estimativa é chegar a 100 mil clientes e receita entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões. Para 2022, a projeção é de 500 mil assinantes e receita de R$ 200 milhões.
- A Manda pro Financeiro, startup que faz, adivinhe, um software de gestão financeira para empresas, levantou uma rodada de R$ 400 mil com valuation post money de R$ 4 milhões de investidores da rede a Anjos do Brasil. É a primeira captação externa da companhia que atende 60 clientes em 10 estados, com foco em negócios com receita entre R$ 20 mil e R$ 300 mil. Ela tem receita recorrente mensal de R$ 20 mil e pretende fechar o ano com R$ 100 mil com 250 clientes.
- O pool de fintechs da Bossa Nova fechou um aporte de R$ 500 mil na fintech de planejamento financeiro para pessoas e empresas Plano. Com isso, a companhia abriu uma rodada de captação que pode ser complementada por outros investidores nos próximos meses;
- O Fundo WE Ventures, da Microsoft, que tem como objetivo incentivar startups de tecnologia liderada por mulheres, fez um aporte de R$ 4,7 milhões na fabricante de ventiladores pulmonares Magnamed;
- A startup especializada em agricultura urbana Yes We Grow recebeu um aporte de R$ 3 milhões. Os recursos foram aportados pela Anjos do Brasil, Gávea Angels e investidores anjos independentes. A companhia criada em 2019 vende kits para que as pessoas possam plantar e colher com facilidade tanto hortaliças como plantas decorativas em casa. São 100 opções disponíveis atualmente. “Seremos a maior fazenda do mundo, sem ter nenhum pedaço de terra”, disse o fundador e CEO da companhia, Rafael Pelosini, em comunicado.
- Depois de vender a BitcoinTrade para a Ripio, Daniel Coquieri acaba de lançar uma nova iniciativa: a Liqi Digital Assets. A companhia vai oferecer uma plataforma de tokenização de ativos baseada em ethereum. Um dos primeiros projetos foi a tokenização da rodada de R$ 3 milhões feita pela própria companhia com 7 investidores;
- A GamerSafer, uma startup criada por brasileiros nos EUA que quer ajudar quem gosta de jogos eletrônicos a ficar mais seguro no mundo virtual, levantou uma rodada seed de R$ 1,5 milhão liderada pela GVAngels e pela Harvard Angels;
- A holandesa MessageBird fez uma extensão de US$ 800 milhões de sua série C aberta em outubro, atingindo uma captação de US$ 1 bilhão. A companhia informou, entretanto, que a captação não está fechada, então o valor final arrecadado pode ser ainda maior. Participaram da rodada até agora Eurazeo, Tiger Global, BlackRock, Owl Rock,Bonnier, Glynn Capital, LGT Lightstone, Longbow, Mousse Partners e NewView Capital, além de Accel, Atomico e Y Combinator. A composição é 70% de equity e 30% de dívida. Junto com a captação, a companhia anunciou a aquisição da americana SparkPost por US$ 600 milhões criando uma empresa com 25 mil clientes e 700 funcionários. O negócio marcou o desembarque dela no Brasil.
- A Brex, dos brasileiros Henrique Dugubras e Pedro Frenceschi, levantou uma rodada série D (pré-IPO?) de US$ 425 milhões valendo US$ 7,4 bilhões. O investimento foi liderado pelo fundo Tiger Global.
FUSÕES E AQUISIÇÕES
- A Via Varejo – que agora se chama só Via – comprou a fintech Celer, que faz banking-as-a-service. O valor da operação não foi revelado. É a 2ª fintech comprada pela varejista, que no começo do ano passado assumiu o controle da Airfox, a companhia por trás de seu banco digital, o banQI. “A compra permitirá a Via a ampliar os serviços financeiros disponibilizados aos sellers do seu Marketplace, tais como adquirência e gateway para vendas físicas e online, ampliação conta digital banQi completa e integrada ao PIX, plataforma de antecipação dos recebíveis e também uma gestão completa da agenda financeira, além de viabilizar a jornada omnicanal”, disse a companhia e comunicado. A varejista também anunciou um investimento de R$ 200 milhões em 5 anos em parceira com o Distrito (no qual ela tem uma fatia 16%) para acelerar startups;
- A TIVIT comprou a startup paranaense de integração de sistemas DevApi, criada a apenas 10 meses. A companhia continuará operando de fomra independente. É a 5ª aquisição da TIVIT Ventures, braço de investimentos da empresa de serviços que conta com R$ 400 milhões para aquisições até 2025. Só em 2021 o objetivo é fechar até 10 negócios com foco em SaaS;
- O Social Bank está em conversas avançadas com 4 fintechs, inclusive internacionais, para uma operação de M&A. O objetivo é que o negócio seja concluída nos próximos 90 dias. Ano passado o banco que tem como acionista a família Wizard, já tinha comprado o baiano Banco Capital. Ela aguarda a liberação do negócio;
- A fintech alemã Lendico incorporou a Apoema, empresa de serviços financeiros especializada em cobranças. O valor da operação não foi revelado. Com o negócio, a Lendico expande do seu campo de atuação no Brasil, incluindo os processos de cobrança;
- O InverGroup, holding de infraestrutura e tecnologia, comprou 33% da startup Connexa, de eficiência energética, por R$ 1,2 milhão. Com o negócio, a Connexa pode triplicar o faturamento previsto para 2021, chegando a R$ 6,5 milhões. A aquisição faz parte do plano de expansão do grupo, que em pouco mais de 2 meses duplicou o número de empresas que estão debaixo de seu guarda-chuva. Em janeiro, o InverGroup controlava 25 empresas, agora administra ou possui participação em 51 negócios e pretende faturar R$1 bilhão até 2021. Até o final do ano, a holding pretende fazer mais três aquisições, inclusive mirando em fintechs;
- A nuvini, grupo de empresas de software como serviço (SaaS) criado por Pierre Schurmann, anuncio sua 5ª aquisição: a ONCLICK, empresa que oferece soluções de gestão empresarial (ERP) on e offline. O plano da nuvini é fechar um total de 15 aquisições em 2021. As outras operações foram leadlovers, Effecti, Ipê Digital e Dataminer.
- A Lojas Americanas e a B2W anunciaram a estrutura da operação de combinação de suas operações. Pelo acordo, a B2W, que será rebatizada como americanas s.a., assumirá os ativos da Lojas Americanas. A companhia será listada na B3 e terá um veículo controlador com capital aberto nos EUA também;
- A operadora americana Verizon está perto de um acordo com o fundo de private equity Apollo Global Management para vender as operações do Yahoo e da AOL. A operação teria como objetivo capitalizar a companhia para os investimentos na rede de telefonia móvel 5G. UPDATE: O negócio foi fechado por US$ 5 bilhões.
APOIO A STARTUPS DO NORDESTE
- O centro de empreendedorismo Cubo Itaú e o BID Lab (laboratório de inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento) abriram as inscrições para programa que apoia startups de impacto social do Norte e do Nordeste. Serão selecionadas 15 empresas. São esperados negócios que já estejam em funcionamento e precisem de apoio para ganhar escala e conseguir investimento.
BALANÇO DA CREDITAS
- A Creditas registrou uma receita 50% maior no 1º trimestre, chegando a R$ 124,2 milhões puxada pela reaceleração na demanda iniciada no 3º trimestre do ano passado e também pela ampliação do portfólio de crédito oferecido por ela. No período de janeiro a março, a fintech ampliou em 73% sua carteira de crédito, chegando a R$ 1,55 bilhão. A originação de novos créditos chegou a R$ 420,7 milhões, um avanço de 57% na comparação com os R$ 268,4 milhões do mesmo período do ano passado.
CABRAS DA MONTANHA
- A gestora Crescera está colocando na rua a captação de um novo fundo de R$ 600 milhões. O Crescera Venture Fund III quer colocar recursos em até 15 empresas em segmentos como saúde, educação e serviços financeiros. A ideia é achar companhias no estágio de crescimento mais avançado (séries B e C), não no nascedouro, com cheques entre R$ 30 milhões e R$ 70 milhões. O fundo será distribuído pelo Itaú em suas plataformas de private e asset management. A expectativa é que outras façam também. Nos últimos 4 meses a Crescera fez 4 saídas: Vindi e Bling para a Locaweb, Konduto para a Boa Vista e Passei Direto para a UOL Edtech.
FUNDO FECHADO
- A Mindset Ventures concluiu a captação de seu fundo 3 com US$ 52 milhões – e oversubscribed, segundo ela mesma.
REBRANDING DA SEMANA
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