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CODEX: Minha captação é maior que a sua

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Bom dia,

Atento leitor, atenta leitora. Você já deve ter reparado o logo piscando aí em cima. Pois é, o escritório BVA Advogados (@bvalaw) agora é um apoiador desta generosa (são mais de 10 minutos de leitura, né?) newsletter. Bem-vindo!

E já que estamos falando de generosidade, o conteúdo do CODEX ESTARÁ ABERTO a todos os leitores do Startups ao longo das próximas semanas. Isso mesmo, você poderá degustar desta excelente curadoria até o fim de junho sem pagar nada. Que tal? Agradeça ao Felipe Barreto Veiga (@fe_veiga) e equipe.

E não para por aí. O BVA preparou um material bem completo sobre Stock Options (SOP) que está sendo divulgado com exclusividade para os leitores do Startups. É só dar uma olhada logo depois deste editorial.

De resto, o tom da semana passada foi o meu é maior que o seu, ou melhor, a minha captação é maior que a sua. A Kaszek levantou US$ 1 bilhão divididos em dois fundos. Com os recursos, a gestora nascida em 2011 dobra de tamanho, passando a ter mais de US$ 2 bilhões divididos em 7 fundos. Também rolou a série E do QuintoAndar, de US$ 300 milhões. O aporte liderado pela Ribbit Capital avaliou a companhia em US$ 4 bilhões – US$ 1,1 bilhão a mais que sua atual principal concorrente, a Loft, que passou a valer US$ 2,9 bilhões em sua série D.

Boa leitura e boa semana.

Gustavo Brigatto
Fundador e Editor-Chefe

 

Mais startups estão aplicando e aderindo ao Plano de Outorga de Opções de Ações (Stock Options) no Brasil. Isso porque para as startups e empresas do mercado de tecnologia como um todo, o seu principal ativo são as pessoas: c-levels, desenvolvedores, especialistas em User Experience (UX), profissionais de Customer Success, dentre várias outras posições com nomes descolados originados ou derivados das práticas do Vale do Silício.

Normalmente, são pessoas com salários elevados e o Plano de Outorga de Opções de Ações se apresenta como uma valiosa ferramenta para contrapor a oferta de salário menor e competir com grandes corporações.

Confira documento preparado pela equipe de Trabalhista e Previdenciário do BVA Advogados com os principais pontos que você precisa saber sobre implementação do modelo de Stock Options em sua empresa.

Baixe o material exclusivo

 

 

SEMANA DE 24 a 30 de MAIO

RODADAS DE INVESTIMENTO

  • QuintoAndar levantou uma série E de US$ 300 milhões liderada pela Ribbit CapitalAlta ParkDragoneerKaszekLTSMaverickQualcomm e SoftBank Latin America Fund. Na rodada, a companhia foi avaliada em US$ 4 bilhões, 4 vezes mais que o valor auferido na rodada anterior, de 2019. O valor é superior ao de sua principal rival, a Loft, que anunciou uma série D em março, que recebeu uma extensão em abril, levando a companhia a ser avaliada em US$ 2,9 bilhões;
  • O fundo americano Base10 fez um aporte no Nubank por meio de seu Advancement Initiative Fund. É o 10º aporte do fundo recém-captado de US$ 250 milhões que tem como objetivo ampliar o acesso de grupos sub-representados ao mercado de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, em inglês). A gestora vai repassar 50% do seu lucro com o fundo para universidades que fazem parte da iniciativa com o objetivo de ajudar a financiar bolsas de estudo para alunos de grupos socialmente minorizados nos EUA. O valor do aporte concluído em março não foi revelado, mas deve estar embutido na rodada de US$ 400 milhões anunciada pelo Nubank em janeiro.
  • Onze, fintech de saúde financeira e previdência privada, levantou R$ 53 milhões em série A feita com a Ribbit Capital, que já investiu em nomes como NubankWarren – que levantou recentemente uma série C de R$ 300 milhões – e Guiabolso. O novo aporte se soma ao seed obtido no fim de 2019, de valor não divulgado, com a Red Ventures, berço da criação da Onze.
  • Lilly Estética, uma rede de clínicas que opera no modelo de clube de assinatura, levantou uma série A de R$ 35 milhões que teve como principal investidor a Igah Ventures. Também entrou como sócia a atriz Paolla Oliveira, no modelo de media for equity. A companhia pretende passar de uma receita de R$ 12 milhões em 2020 para R$ 53 milhões em 2021;
  • Ainda em estágio pré-operacional, a seguradora Justos anunciou uma rodada de R$ 15 milhões liderada pela Kaszek que contou com a participação da Big Bets e de investidores-anjo como Assaf Wand, da Hippo Insurance; Fritz Lanman, da Classpass; o onipresente Brian Requarth; Patrick Sigrist, ex-iFood, atual Nomad e investidor do Neon; David Vélez, que está montando uma carteira interessante de startups na área de seguros e assistência, com nomes como a Alice; Sergio Furio e Carlos Garcia, da mexicana Kavak.
  • Carefy, uma healthtech de gestão de internações, recebeu uma rodada de R$ 1,7 milhão que teve participação da Bossanova e da Elife Participações;
  • Play Delivery, que conecta empresas a entregadores, recebeu um aporte de R$1,5 milhão de 448 investidores que se tornaram sócios com cotas a partir de R$ 1 mil. A captação aconteceu em um período de 24 horas pela CapTable;
  • Spark, empresa de marketing de influência, fez um investimento na Kloob.me, startup de monetização de conteúdo para influenciadores. O valor da operação não foi revelado. Com a união, as empresas passam a oferecer uma plataforma onde influenciadores podem monetizar seus conteúdos no InstagramFacebookWhatsapp e Telegram criando grupos fechados com conteúdos exclusivos.
  • A startup mexicana de gerenciamento de gastos corporativos Clara recebeu um aporte de US$ 30 milhões de dólares para expandir sua operação na América Latina. O investimento foi liderado por Tom Stafford, da DST Global, e teve participação de monasheesKaszek VenturesAvid Ventures e investidores anteriores, como a General Catalyst. A empresa também negocia uma linha de crédito de US$ 50 milhões com um parceiro ainda não divulgado, segundo a Reuters;
  • A mexicana Yalo, que antes se chamava Yalochatrecebeu US$ 50 milhões em uma série C liderada pela B Capital Group, do brasileiro Eduardo Saverin. A gestora já tinha liderado a série B da companhia ano passado. A ideia da nova captação é financiar a expansão na América Latina e também no Sudeste Asiático;
  • A colombiana ADDI, que faz parcelamentos sem juros e sem cartão de crédito no e-commerce e varejo físico (‘Buy Now, Pay Later’) recebeu um aporte de US$65 milhões (aproximadamente R$350 milhões). A série B foi dividida em US$35 milhões de equity e US$30 milhões de linha de crédito, junto à Architect Capital. O aporte foi liderado pela Union Square Ventures, com novos investidores 8VCCitius CapitalEndeavor CatalystThe Marathon Fund, o sócio da GGV, Hans Tung e o ex-COO da Affirm. Os investidores anteriores Andreessen HorowitzFoundation CapitalMonashees e Quona Capital também participaram.
  • A sueca Sinch, que comprou a Wavy, da Movile, ano passado, levantou US$ 1,1 bilhão em uma oferta de ações na bolsa de valores do país que teve como principais compradores SoftBank e Temasek.

FUSÕES E AQUISIÇÕES

  • Amazon arrematou o tradicional estúdio de cinema MGM por US$ 8,45 bilhões. Em seu catálogo, o estúdio tem 4.000 filmes e 17.000 séries televisivas – incluindo Robocop, James Bond e Rocky – que vão reforçar o serviço de vídeo da gingante do comércio eletrônico, o Prime Video, e, muito provavelmente, desfalcar os serviços dos concorrentes.

NOVOS FUNDOS

  • Kaszek captou 2 novos fundos adicionando mais US$ 1 bilhão ao seu poder de fogo – e dobrando os seus recursos sob gestão. Os recursos forma divididos entre um fundo para investimento em companhias em estágio inicial de desenvolvimento, o Kaszek Ventures V, com US$ 475 milhões, e um para follow-ons, o Kaszek Ventures Opportunity II, de US$ 625 milhões. Os novos fundos chegam exatamente 2 anos depois de a gestora ter captado US$ 600 milhões para seu 4º fundo (US$ 375 milhões) e para o 1º veículo criado para aportes de maior fôlego (US$ 225 milhões). Desde sua criação em 2011, a Kaszek levantou mais de US$ 2 bilhões e já investiu em 91 empresas. Entre os investidores da gestora estão a Sequoia e Ben Horowitz;
  • Marco Stefanini, fundador da empresa que leva seu sobrenome, está montando um fundo de venture capital que tem objetivo de levantar R$ 300 milhões. A captação começará em julho. A ideia é comprar de 10% a 40% das empresas, sem um valor de cheques definido. O veículo ainda não tem um nome definido e vai operar separado da Stefanini (que tem o Stefanini Ventures que já fez 12 investimentos nos últimos 5 anos.
  • Scalexopen, do empresário João Alfredo Pimentel, em parceria com a 100 Open Startups e a Bertha Capital, vai investir R$ 30 milhões em até 30 empresas em fase inicial de desenvolvimento, com cheques variando entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões.

IFOOD NA ABECS

  • iFood entrou para a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que representa as empresas do setor de meios eletrônicos de pagamento. Uma de suas primeiras missões é coordenar a recém-criada Comissão Especial de Marketplaces – que discutirá temas como PIX, open banking, proteção de dados e prevenção a fraudes de pagamento. “Nosso objetivo é aproximar a conversa das plataformas digitais de compra e venda com as bandeiras, credenciadoras e emissoras nos temas de meios de pagamentos”, disse Felipe Daud, gerente de políticas públicas do iFood, em comunicado.

FALANDO EM IFOOD

  • A companhia quer levar ao governo até o fim de junho a proposta de criação de um novo regime trabalhista no Brasil. A ideia é que essa 3ª modalidade tenha alguns benefícios, mas não tudo o que está previsto na CLT. Algo entre um MEI e um CLT. “Não existe aqui a segurança de um CLT, mas também não é um empreendedor que toca um risco desproporcional. É alguém no meio do caminho. Essa pessoa aqui precisa, no mínimo de determinadas proteções sociais. Não é uma discussão de salário mínimo. Mas é uma discussão mas de INSS. Não é uma discussão de férias e 13º. Mas é uma discussão de seguro.”, disse Diego Barreto, vice-presidente financeiro e de estratégia do iFood em entrevista ao Startups.

DESAFIO PARA STARTUPS

  • Hotmart lançou o Hotmart Challenge – Startup Edition, desafio para encontrar projetos inovadores em tecnologia, educação e empreendedorismo em todo o Brasil. A empresa vai selecionar até seis startups que vão receber, ao todo, um aporte de R$2 milhões para acelerar seus projetos. Podem participar companhias com inciativas em qualquer estágio de desenvolvimento. “Queremos desenvolver ainda mais a Creator Economy (Economia dos Criadores de Conteúdo) e iremos investir em empresas que tragam soluções complementares para o nosso ecossistema, impulsionando empreendedorismo digital, educação online, pagamentos eletrônicos e ajude mais criadores de conteúdo”, disse o presidente e cofundador da Hotmart, João Pedro Resende, em comunicado.

REAL DIGITAL

  • O Banco Central apresentou as diretrizes para a criação de uma versão digital do Real. Elas se dividem em três categorias: funcionamento, garantias legais e premissas tecnológicas. O assunto se encaixa no contexto da agenda de modernização tocada pela autarquia, a Agenda BC#. “Com uma CBDC (Central Bank Digital Currency, na sigla em inglês) brasileira, o BC vê potencial para a aplicação de novas tecnologias, como smart contracts, IoT (Internet of Things – internet das coisas) e dinheiro programável, em novos modelos de negócio, que aumentem a eficiência de nosso sistema de pagamentos”, disse Fabio Araujo, da Secretaria Executiva (Secre) do Banco Central, em comunicado.

QUERO SER FINTECH… OU EDFINTECH

  • A edtech Trybe recebeu autorização do Banco Central para montar sua Sociedade de Crédito Direto (SCD). O pedido tinha sido feito em setembro/20. Com a licença, a Trybe lançará a Trybe SCD, uma fintech que ofertará crédito, conta digital e outros produtos e serviços financeiros, com estrutura funcionando sob o guarda-chuva do Grupo Trybe, em paralelo à escola de programação da empresa. A previsão que as operações da Trybe SCD sejam iniciadas no 3º trimestre.

QUERO SER BANCO

  • Nimbi, que desenvolve tecnologias para as áreas de compras e logística, contratou a Hub Fintech – o candidato a unicórnio de Carlos Wizard que foi comprada pelo Magazine Luiza por um valor bem distante desse status – para construir a infraestrutura tecnológica de seu banco digital e quer transacionar R$ 1 bilhão até dezembro de 2021. A Nimbi Conta faz parte da oferta de gestão de frete 100% Digital criada pela Nimbi para atender transportadores e caminhoneiros.  

CARTÃO DIGITAL

  • Depois de receber um aporte de R$ 50 milhões da XP Asset, a fintech de pagamentos ACQIO apresentou o seu cartão digital, com bandeira Visa. A ideia é que ele seja usado pelos franqueados e lojistas que atuam com a empresa, mas também por consumidores.

TREINANDO ANJOS

  • O programa de capacitação de startups Startup SC vai treinar também investidores anjo de Santa Catarina em conjunto com o Investidores.vc, do Amure Pinho. A primeira edição do curso acontecerá no fim de semana dos dias 31 de julho e 1º de agosto. Além de Amure, participará um time de especialistas em investimento, contabilidade, direito empresarial e empreendedorismo.

IPO RESSUSCITADO

  • Depois de suspender seu IPO por conta da baixa demanda, a Dotz resolveu retomar a a oferta. Mas com termos diferentes. A o invés de pública, ela será restrita a investidores profissionais – no máximo 75, pelas regras da CVM. Serão distribuídas 29,6 milhões de ações ordinárias (ON), com faixa indicativa de preço entre R$ 13,20 e R$ 16,20. Considerando um preço médio de R$ 14,20, a operação deveria movimentar R$ 435,1 milhões. Mas a oferta foi precificada no piso (R$ 13,20) , movimentando R$ 390,7 milhões. Dos recursos captados na oferta primária, metade será usada para capital social e a outra para reserva de capital.

DE OLHO NA BOLSA

  • Ebanx já começou a falar de planos de IPO. Com o lançamento do Ebanx One, um serviço que agrega várias de suas ofertas e facilita a vida de empresas que querem oferecer serviços digitais na América Latina, a companhia jogou para a torcida as 3 letrinhas mágicas. Uma listagem deve, no entanto, demorar um pouco pra acontecer uma vez que o mercado não está assim, uma Brastemp.

ARRUMANDO A CASA. O ESCRITÓRIO, NA VERDADE

  • O Latin America Fund da SoftBank assumiu o comando dos negócios da WeWork na região. O negócio foi estruturada com a criação de uma joint venture – com a SoftBank entrando com caixa e gestão e a WeWork com seus ativos. Para tocar a operação foi chamada uma velha conhecida da SoftBank, a executiva Claudia Woods, que estava no Uber. A reestruturação dos negócios vem pouco tempo depois de a SoftBank e da indiana OYO encerrarem um acordo de operação que tinha na América Latina e chega também no momento em que o WeWork se aproxima de uma listagem na bolsa por meio de um SPAC – e de apresentar um péssimo resultado no 1ª trimestre.

LAÇOS CORTADOS

  • Credit Suisse não vai mais fazer negócios com a SoftBanksegundo a Bloomberg. Não se sabe ainda se para sempre ou se será um castigo temporário. O corte nos laços se segue à falência da empresa de investimentos Greensill. O grupo japonês investiu US$ 1,5 bilhão na companhia em 2019 e colocou mais US$ 400 milhões no negócio no fim de 2020, meses antes de seu colapso.

DANÇA DAS CADEIRAS

  • Pravaler, fez 3 contratações: Marcelo Bentivoglio assume como head de produtos com a missão de ampliar a oferta para além da graduação presencial; Francisco Rangel é agora gerente de soluções financeiras B2C, com foco na expansão da graduação presencial e Junior Contrim passa a ser gerente de UX e jornada digital
  • unico contratou Igor Ripoll como vice-presidente das áreas de vendas e Customer Success. Ele estava na Saleforce e tem passagens por Oracle e Microsoft;
  • O ex-McKinsey Nicola Calicchio se juntou à SoftBank International como Chief Strategy Officer. Ele vai se reportar a Marcelo Claure, que é CEO da unidade, além de COO da SoftBank como um todo. No cargo, Nicola será responsável pela estratégia de investimentos da SoftBank na América Latina;
  • José Olympio Pereira, quem está à frente do Credit Suisse no Brasil há uma década, vai deixar a companhiaSegundo o Pipeline, do Valor, ele comunicou a matriz do banco em fevereiro e a busca por um substituto está em curso.

RECOMENDAÇÕES DE LEITURA

FALTOU DA SEMANA PASSADA

  • A consultoria espanhola everis se tornou mantenedora do Cubo;
  • O Marco Legal das Startups foi aprovado pela Câmara e agora aguarda sanção presidencial;
  • Zhang Yiming, cofundador e atual presidente da ByteDance, vai deixar o cargo no fim de 2021, sendo substituído pelo também cofundador Liang Rubo;
  • O prejuízo do WeWork quadruplicou no 1º trimestre, chegando a US$ 2,1 bilhões. As perdas são efeito da queda de 50% na receita, para US$ 598 milhões e incluem um pagamento de quase US$ 500 milhões ao fundador da companhia Adam Neumann, em um acordo com a SoftBank que deve permitir que a companhia chegue à bolsa dos EUA por meio de um SPAC;
  • Startup Brota, de hortas residenciais, recebe aporte de R$ 1 milhão da Apex Partners;
  • Os movimentos de Nizan Guanaes no mundo tech e seu mais novo investimento: a Aegro.

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